Escola de Formação e Criação do Ceará

abarca_capa-site

Novas ações do programa aBarca levam oficinas de música, teatro e dança ao interior do Ceará

Ações 2018 acontecerão em Paracuru e Quixadá durante o mês de novembro e, no início de dezembro, chegam a Quixeré. Serão oferecidas 125 vagas divididas em seis formações

As cidades de Paracuru, Quixadá e Quixeré, no interior do Estado, receberão a terceira edição do Programa aBarca –Travessias do Porto, com seis formações gratuitas em música, teatro e dança entre os dias 19 e 25 de novembro e nos dias 8 e 9 de dezembro. Criado em 2017, o Programa aBarca visa democratizar o acesso à arte proporcionando vivências artísticas, oficinas, palestras, performances e aberturas de processos de modo a multiplicar e promover um maior alcance das ações do Porto Iracema das Artes.

A ideia é criar aproximações e encontros entre os diversos projetos artísticos desenvolvidos na Escola e os que já existem nas cidades que receberão o aBarca, fortalecendo assim a rede de formação em cultura espalhada por todo o Ceará. Como o próprio nome diz, o objetivo é abarcar outros artistas, comunidades e projetos culturais que pulsam para além da Capital. Nesta edição, o Porto tem como parceiros a Escola de Dança de Paracuru, a Casa de Saberes Cego Aderaldo, a Escola de Música de Paracuru, a Trupe Motim de Teatro, a Companhia de Dança Rastro e a Secretaria de Cultura, Esporte e Juventude de Quixeré.

Em novembro, Paracuru receberá as oficinas de “Percussão”, com Hoto Júnior, e “Composição e Improvisação em Dança”, com Andrea Bardawil, enquanto Quixadá terá as oficinas de “Composição Musical”, com Nélio Costa, “Procedimentos de Criação para Cenas”, com Edivaldo Batista e “Balé Clássico na Cena Contemporânea”, com Wilemara Barros. Já a cidade de Quixeré receberá, nos dias 8 e 9 de dezembro, a oficina “Quem é o dono da voz? – Caminhos para um corpo-voz na perspectiva do teatro de bonecos”, com a atriz Maria Vitória.

Confira abaixo os detalhes da programação.

/// NOVEMBRO

MÚSICA

Paracuru – Aberto a iniciantes, músicos e a todos os interessados, Hoto Júnior ministrará nos dias 19 e 20 de novembro “Oficina de Percussão” na Escola de Música de Paracuru. Intensiva, a atividade acontecerá no primeiro dia 18h30min às 21h e, segundo, de 9h às 12h e de 13h30min às 17h30min, abordando ritmos nordestinos, com a utilização de zabumba, triângulo, pandeiro e agogô; e ritmos latinos, pop e rock, com técnicas de congas e cajon. . As inscrições serão por ordem de chegada, com 30 vagas.

Sobre o artista

Percussionista e produtor musical cearense nascido em Fortaleza, Hoto despertou para a música aos seis anos, inspirado em seu irmão que tocava em bandas marciais e conjuntos de baile. Aos 12 anos, já acompanhava os conjuntos de baile e logo começou sua carreira, gravando em estúdios e tocando ao vivo com grandes nomes da MPB, entre eles Fagner, Ednardo, Belchior e Dominguinhos. Colaborou na montagem de vários grupos musicais como professor de percussão.

Quixadá – Em Quixadá, a formação em música é garantida com a “Oficina de Composição Musical”, que abordará elementos de harmonia, melodia e ritmo nos dias 23, das 14h às 18h, no dia 24, de 9h às 12h e 14h às 18h, e no dia 25 de novembro, de 9h às 12h. Aberta a todos os interessados no tema, a ação acontecerá no Auditório da Casa de Saberes Cego Aderaldo. As inscrições serão por ordem de chegada, com 30 vagas.

Para a atividade a ser ministrada por Nélio Costa, de larga experiência no ensino musical, recomenda-se levar um instrumento de harmonia (violão). O músico mostrará na oficina, entre outros assuntos, como montar um acorde e inserção deste na frase melódica; compassos simples e compostos; notação musical e percepção (de modo prático, desafiando a escuta do músico).

Sobre o artista

Compositor, arranjador e contrabaixista. Começou tocando bandolim, filiando-se ao Clube do Chorinho de Fortaleza. Aos 18 anos, ingressou no Curso de Licenciatura em Música da Universidade Estadual do Ceará. Integrou a Banda Officina, grupo instrumental que marcou o cenário musical da cidade. Em 1990 mudou-se para Colônia, na Alemanha, onde graduou-se em pedagogia musical (baixo elétrico e guitarra, nas áreas de jazz e pop). Lá, trabalhou com grupos de jazz, salsa, reggae, bossa nova. Integrou a turnê na Turquia do cantor jamaicano Frank Lee. Em 97 retornou à Fortaleza, e em 1999, lançou o primeiro CD solo intitulado “Das Origens”. Em 2000 foi convidado pela Universidade de Mainz, Alemanha, para lecionar música brasileira, e em 2002 chega o segundo disco, “Só Alegria”, com show de lançamento no Festival de Jazz de Guaramiranga. Em 2012 lança seu terceiro trabalho, o CD “Do baixo para cima”.

TEATRO

Quixadá – Com o intuito de estimular a produção cênica que não se limita à centralidade do texto, mas dialoga tanto com a história de vida dos artistas e dos espaços em que estão inseridos, Edivaldo Batista realizará a oficina “Procedimentos de Criação para Cenas”, das 14h às 20h dos dias 24 e 25, na Casa de Saberes Cego Aderaldo. Ele apresentará procedimentos que utiliza para criação cênica. A oficina é voltada para espaços alternativos ou rua e abordará também possibilidades de criação através de outras narrativas para além das clássicas. As inscrições serão por ordem de chegada, com 15 vagas.

Sobre o artista
Ator, professor e pesquisador, Edivaldo Batista é graduado pelo curso de Artes Cênicas do IFCE e se formou no Curso de Princípios Básicos em Teatro (CPBT) no Theatro José de Alencar. Inicia profissionalmente como ator em 2000, junto à Comunidade de Jurema, em Caucaia. Edivaldo tem crédito em obras como O fim do inferno (2000), O enterro de D. Maria Tereza (2002) e O Sr. Político (2002), participando também como ator em diversos espetáculos da cena cearense junto ao Grupo Bagaceira (2002 e 2013) e Teatro Máquina (2003 a 2014). Entre 2013 e 2016, é um dos artistas criadores do Projeto Achados & Perdidos, projeto que concebe diversas cenas, espetáculos, vídeos e obras entre linguagens que dialogam com a memória. Nos últimos anos, tem realizado diversos trabalhos que partem de matrizes africanas para aprimorar sua pesquisa de teatro contaminado pela narração de histórias, desenvolvendo seus próprios traços estéticos e estilísticos.

DANÇA

Paracuru – Criação, repetição e atualização na dramaturgia da dança são motes da oficina “Composição e Improvisação em Dança”, a ser ministrada por Andrea Bardawil nos dias19 e 20 de novembro, das 16h às 22h, na Escola de Dança de Paracuru. As inscrições serão por ordem de chegada, com 25 vagas.

A oficina desenvolve atividades teóricas e práticas, articuladas de maneira a oferecer estímulos criativos diversos e abrangentes a partir de metodologias colaborativas e dialógicas. Nuances metodológicas diversas poderão ser propostas, de acordo com o conteúdo a ser trabalhado, sendo a improvisação apontada como procedimento composicional.

Sobre a artista
Andréa Bardawil Campos é coreógrafa e diretora da Companhia da Arte Andanças desde 1991, em Fortaleza. Foi uma das fundadoras do ALPENDRE – Casa de Arte, Pesquisa e Produção, onde desenvolveu pesquisas e projetos colaborativos, entre 1999 e 2012. Em 2009 participou do Rumos Itaú Cultural Dança, ao lado de Graça Martins, com o projeto Graça. Atuou como curadora e coordenadora pedagógica de vários eventos pelo Brasil, como a Bienal Intern acional de Dança do Ceará, a Bienal Internacional de Santos/SP e Festival de Dança de Joinville. Atualmente, trabalha no projeto Devoração, com a Cia. da Arte Andanças.

Quixadá – A oficina “Balé Clássico na Cena Contemporânea” será realizada em parceria com a Rede de Dança do Ceará entre os dias 23 e 25 de novembro, sempre das 9h às 13h, na Faculdade de Educação, Ciências e Letras do Sertão Central (Feclesc – Uece). As inscrições serão por ordem de chegada, com 25 vagas.

A oficina ministrada por Wilemara Santos Barros traz reflexões sobre as variações clássicas, suas nuances e distinções técnicas entre Escolas. Aborda ainda a composição complexa dos passos clássicos a partir de variações recorrentes e movimentos mais complexos do balé. Busca-se também elaborar coletivamente pequenas sequências provocando conexões contemporâneas na utilização dos principais “enchainements” (encadeamentos) da dança clássica.

Sobre a artista
Wilemara Barros é formada pelo Colégio de Dança do Ceará. Integra a Cia. Dita e tem uma longa e reconhecida trajetória como intérprete, tendo se apresentado em diversos estados do Brasil, Europa, África e Ámerica do Sul. Paralelamente desenvolve uma relevante atuação como professora de dança clássica atuando em importantes projetos de formação em dança, como Colégio de Dança do Ceará e Curso Técnico em Dança II e III. Ao longo dos anos vem ministrando aulas regulares em escolas locais, Cia de Dança da UNIFOR, oficinas na Vila das Artes e wokshops em várias capitais brasileiras no Projeto Palco Giratório. Foi coordenadora adjunta do Curso Técnico em Dança IV – Porto Iracema – SENAC e ministrou aulas de Manutenção de Técnica Clássica para Bailarinos no Porto Iracema das Artes. Atualmente é professora da Cia. DITA.

/// DEZEMBRO

Quixeré – A atriz e bonequeira Maria Vitória ministrará a oficina “Quem é o dono da voz? – Caminhos para um corpo-voz na perspectiva do teatro de bonecos” nos dias 8 e 9 de dezembro, das 14h às 20h, na sede da Secretaria de Cultura de Quixeré. A formação tem o foco no trabalho de voz que o teatro de bonecos exige para o artista manipulador. Para isso, os corpos envolvidos (do boneco e do ator) são convocados ao trabalho. O encontro acontece ao aproximar a trajetória da professora Maria Vitória com o trabalho já desenvolvido pelos artistas do município da região do Jaguaribe e proximidades. São ofertadas 15 vagas, preenchidas por ordem de chegada.

Sobre a artista
Maria Vitória se dedica ao fazer teatral desde a década de 1990. Tem conquistado seu espaço no cenário artístico como atriz, bonequeira, diretora e dramaturga. A artista iniciou sua trajetória no Grupo Formosura de Teatro e em paralelo atua como diretora e atriz no Grupo Terceiro Corpo. Desde o ano de 2003 investiga possíveis treinamentos para o ator-criador e atualmente desenvolve uma pesquisa a partir do diálogo entre teatro, dança e teatro de bonecos. Os resultados de suas pesquisas são compartilhados através dos grupos com os quais teve ou tem contato, por via de cursos e oficinas de teatro, trabalhos acadêmicos e através de seus espetáculos teatrais. Durante mais de duas décadas, essa artista cearense, vem se dedicando de forma ininterrupta ao fazer artístico. Sempre em uma atitude de resistência de ter a arte como única atividade profissional.

SERVIÇO

O que: “Oficina de Percussão”, com Hoto Júnior
Quando: Dias 19 (18h30min às 21h) e 20 de novembro (9h às 12h e de 13h30min às 17h30min)
Onde: Escola de Música de Paracuru (Av. João Lopes Meireles, Paracuru)
30 vagas, inscrições por ordem de chegada
GRATUITO

O que: “Oficina de Composição Musical”, com Nélio Costa
Quando: Dias 23 (14h às 18h), 24 (9h às 12h e 14h às 18h) e 25 (9h às 12h)
Onde: Auditório da Casa de Saberes Cego Aderaldo
30 vagas, inscrições por ordem de chegada
GRATUITO

O que: Oficina “Procedimentos de Criação para Cenas”, com Edivaldo Batista
Quando: Dias 24 e 25 de novembro, das 14h às 20h
Onde: Casa Cego Aderaldo (R. Pascoal Crispino, 167 – Centro, Quixadá)
15 vagas, Inscrições por ordem de chegada
GRATUITO

O que: Oficina “Composição e Improvisação em Dança”, com Andrea Bardawil
Quando: Dias 19 e 20 de novembro, das 16h às 22h
Onde: Escola de Dança de Paracuru (Bairro Boca do Poço, R. Pedro B Meireles, 175, Paracuru)
25 vagas, inscrições por ordem de chegada
GRATUITO

O que: Oficina “Balé Clássico na Cena Contemporânea”, com Wilemara Barros
Quando: De 23 a 25 de novembro, das 9h às 13h
Onde: Feclesc – Uece (Rua José de Queiroz Pessoa – Planalto Universitário, Quixadá)
25 vagas, inscrições por ordem de chegada
GRATUITO

O que: Oficina “Quem é o dono da voz? – Caminhos para um corpo-voz na perspectiva do teatro de bonecos”, com Maria Vitória
Quando: Dias 08 e 09 de dezembro, das 14h às 20h
Onde: R. Padre Zacarias, 332 – Centro, Quixeré
15 vagas, inscrições por ordem de chegada
GRATUITO

Assessoria de Comunicação Porto Iracema das Artes | Lucas Casemiro
Publicado em 14/11/2018