Escola de Formação e Criação do Ceará

Projeto Constituição Coreográfica Criminosa - Foto Joyce S. Vidal 1

“Maremoto: Compartilhamento de pesquisas artístico-acadêmicas” com Andréia Pires

No dia 8 de agosto, às 19 horas, a Escola Porto Iracema das Artes dá início a um novo projeto, “Maremoto”, de compartilhamento de pesquisas artístico-acadêmicas. A ideia é, em formato de roda de conversa, artistas pesquisadores possam dividir seus trabalhos com o público. A primeira convidada é a bailarina e coreógrafa Andréia Pires, que desenvolveu o projeto “Constituição Coreográfica Criminosa” no Laboratório de Dança do Porto em 2017. O evento será na sala de Teatro do Porto e é gratuito, aberto a todos os interessados.

O projeto de Andréia Pires no Lab Dança tem relação direta com a dissertação “Performances e políticas de um corpo criminoso”, defendida este ano no Programa de Pós Graduação em Artes da Universidade Federal do Ceará (UFC). A pesquisa resultou na ação cênica “Fortaleza 2040”, que estreia em breve nos palcos de Fortaleza.

Confira o resumo acadêmico do trabalho:

Abordar de que modo o “crime” pode ser percebido como prática política e discursiva, assegurada por certos regimes de poder/valor; e como o corpo, na coreografia, pode intervir nessa construção, redimensionando-a. Buscar compreender como a questão do “crime” emerge de uma estrutura de poder e da sociabilidade, de uma matéria que não é metafísica nem antropológica, e não tem relação com a natureza, mas com a história e a civilização. Discutir modos de perceber a arte, numa especificidade em que o corpo, como política e materialidade do sensível, não concorda com a norma ou com as imposições opressoras. Para tal, tomar como ponto de partida trabalhos que implicam diretamente as tensões éticas formadoras de regras de comportamento e ativar a noção de “desobediência” em Michel Foucault (1988; 1987), e perscrutar as performances de minha autoria, VAGABUNDOS e Constituição Coreográfica Criminosa, ensaiando reflexões sobre como essas obras explicitam processos de dominação e não “naturalizam” relações hegemônicas, levando-nos a perceber o que se esconde para lá da superfície.

Palavras-chave: Corpo. Crime. Coreografia. Política.

Sobre Andréia Pires

Mestre em Artes pelo Programa de Pós Graduação em Artes UFC (2018). Graduada em Artes Cênicas pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (2009), formada pelo Curso Técnico em Dança, do Centro Cultural Dragão do Mar/SESC-Senac (2010), e foi aluna do curso “Dança e Pensamento” da Vila das Artes e Universidade Federal do Ceará (2008). Coordenou o projeto “No Passo do Trilho”, formação em dança para crianças na favela do trilho, voluntária de 2008 a 2013. Atuou como professora do Curso Técnico em Dança em 2014 e atualmente também está como professora substituta dos cursos de Bacharelado e Licenciatura em Dança da Universidade Federal do Ceará.

Foi preparadora corporal de: “IVANÓV” (2011) Teatro Máquina; “Metrópole” (2012) Inquieta Cia.de Teatros; “Patos” (2012) Curta-metragem; “Alguém no futuro” (2012) Curta-metragem; “Anamuh” (2012) Espetáculo de conclusão CPBT/TJA; “Caio e Léo” (2014) Outro de Teatro. Dirigiu os espetáculos: “Alegria, Alegria” (2013.2014) – Espetáculo de conclusão do segundo ano da Escola Pública de Dança da Vila das Artes; “Encanta o meu jardim” (2014) com Rosa Primo; “VAGABUNDOS” ( 2014), “8 MILHÕES DE HABITANTES”(2014), “Bando de Pássaros Gordos” (2015). Atuou nos curtas-metragem “Fui à Guerra e não te chamei” (2010) de Leonardo Mouramateus, “Dias em Cuba” (2011) e O Homem do Pântano (2012) – ambos os filmes também com a direção de Leonardo Mouramateus; “Monja” (2012) de Breno Baptista; “Medo do Escuro” (2013) de Ivo Lopes / Alumbramento; Animal Sonhado | Tardo Filmes e “Rua dos Vagalumes” (2014) de Camila Vieira.

Serviço
O quê: Ação “Maremoto: Compartilhamento de pesquisas artístico-acadêmicas” com Andréia Pires

Quando: 8 de agosto, às 19h
Onde: Sala de teatro do Porto (Rua Dragão do Mar, 160, Praia de Iracema)
Gratuito

Publicado em 03/08/2018