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Karim Aïnouz, tutor do Laboratório de Cinema do Porto Iracema, é premiado em Cannes

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“A Vida Invisível de Eurídice Gusmão” venceu o prêmio de Melhor Filme da mostra Un Certain Regard no 72º Festival de Cannes

O novo longa do diretor cearense Karim Aïnouz, “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”, foi escolhido como Melhor Filme na mostra Un Certain Regard no 72º Festival de Cannes. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (24). Tutor do Laboratório de Cinema do Porto Iracema das Artes desde 2013, quando o programa de formação foi iniciado, Karim estreou com o longa-metragem “Madame Satã” na mesma mostra do Festival, em 2002.

“A Vida Invisível de Eurídice Gusmão” é uma livre adaptação do romance homônimo de Martha Batalha e tem produção de Rodrigo Teixeira. Com participação de Fernanda Montenegro, o elenco tem ainda Carol Duarte, Júlia Stockler e Gregório Duvivier. O roteiro é assinado por Murilo Hauser e Nina Kopko, também tutora do Laboratório de Cinema, fez a assistência de direção.

O filme é um melodrama tropical sobre a cumplicidade entre mulheres, uma crônica da condição feminina no Rio de Janeiro dos anos 50, década marcada por um conservadorismo profundo, conforme o material de divulgação. Durante a pesquisa para o roteiro, Aïnouz entrevistou várias senhoras entre 70 e 90 anos, perguntando sobre suas adolescências, as primeiras experiências sexuais, o casamento e suas vidas privadas.

A previsão de estreia do filme no circuito brasileiro é para novembro.

Sinopse
Rio de Janeiro, 1950. Eurídice, 18, e Guida, 20, são duas irmãs inseparáveis. Ambas têm um sonho: uma, se tornar uma pianista profissional; a outra, encontrar o amor verdadeiro. As duas são separadas pelo pai e forçadas a viver distantes. Sozinhas, elas irão tomar as rédeas dos seus destinos, enquanto nunca desistem da esperança de se reencontrar.

Sobre Karim Aïnouz
Natural de Fortaleza e radicado em Berlim, é diretor de cinema e artista visual. Realizou, em 2015, o documentário Velázquez ou o Realismo Selvagem, que estreou no Grand Palais em Paris e foi exibido no canal francês ARTE. Em 2014, seu longa-metragem Praia do Futuro estreou mundialmente na Competição Oficial do 64° Festival de Berlim junto de Cathedrals of Culture, filme em 3D produzido por Wim Wenders, que estreou na sessão Panorama do Festival de Berlim (Berlinale). Seu primeiro longa-metragem, Madame Satã, estreou na mostra Un Certain Regard do Festival de Cinema de Cannes em 2002. Seus longas seguintes, O Céu de Suely e Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo (co-dirigido com Marcelo Gomes) estrearam no Festival de Veneza na Mostra Orizzonti em 2006 e 2009, respectivamente. Em 2008, dirigiu a série de 13 episódios Alice para a HBO Latin America. Em 2011, O Abismo Prateado teve sua estreia mundial em Cannes na Quinzena dos Realizadores e recebeu o prêmio de Melhor Diretor no Festival do Rio. Aïnouz é ainda co-roteirista dos filmes Abril Despedaçado, de Walter Salles, Cinema, Aspirinas e Urubus, de Marcelo Gomes, e Cidade Baixa, de Sérgio Machado. Em 2018, seu mais recente documentário, Aeroporto Central THF, teve sua estreia mundial na Mostra Panorama do 68° Festival Internacional de Cinema de Berlim, onde recebeu o Prêmio Anistia Internacional. Em 2018, dirigiu a livre adaptação do livro A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, de Martha Batalha, para os cinemas, com produção de Rodrigo Teixeira, da RT Features.