Escola de Formação e Criação do Ceará

3 solos em 1 tempo

Denise Stutz analisa seu trabalho “3 solos em 1 tempo” na segunda edição do Anatomia da Dança

3 solos em 1 tempo

O bate-papo, mediado pela professora e pesquisadora em Dança, Emyle Daltro, acontecerá na próxima quinta-feira (17)

Bailarina, coreógrafa e atriz, Denise Stutz traz em seus trabalhos a memória, as possibilidades do corpo e o modo como vive sua arte. Ela participará da próxima edição do Anatomia da Dança, onde analisará seu trabalho “3 solos em 1 tempo”. A live vai ao ar na próxima quinta-feira (17), a partir das 15h, através do Youtube e Facebook do Porto Iracema das Artes

O trabalho, que estreou em 2008, é uma reflexão em cena sobre três outras criações da coreógrafa: DeCor (2003), Absolutamente Só (2005) e Estudo para Impressões (2007). Ao longo da apresentação, Denise manipula seu material biográfico impresso no corpo, trabalha com a imaginação e transforma seus procedimentos na dança, utilizando improvisação e memória.

No bate-papo, mediado pela também artista, pesquisadora e professora de Dança, Emyle Daltro, serão analisadas as características, a construção e os processos em torno da obra, além de refletir sobre a repercussão que o trabalho teve, passando por várias capitais do Brasil e por países como Espanha, Portugal, Cabo Verde, Alemanha e Austrália.

Promovido pelo Porto Iracema das Artes, o “Anatomia da Dança” traz bailarinos, coreógrafos e diretores de companhias para analisar espetáculos importantes de suas carreiras. A ação é inspirada no projeto “Anatomia do Filme”, outra iniciativa da Escola, que volta-se para o cinema, promovendo encontros com diretores para uma “dissecação” de suas principais obras.

Sobre o trabalho

A coreografia de 3 solos em 1 tempo, que estreou em 2008, originou-se da reunião de outros três solos: Decor (2003), Absolutamente Só (2005) e Estudo para Impressões (2007).

Para a pesquisadora Lilian F. Vilela, o caminho trilhado por Denise nos solos “parece ter sido, em primeiro momento, o de manipular o material biográfico impresso no corpo (em Decor); depois, o de trabalhar com a imaginação dela e do público – sobre sua imagem e o que ela gostaria de ter sido – trazendo o espectador como cúmplice (em Absolutamente Só) e, num terceiro momento, um caminho de transformação nos seus procedimentos de dançar, pela improvisação e pelo acesso às figuras revolucionárias da dança (em Estudo para Impressões)”.

Sobre Denise Stutz

denise stutz

Iniciou seus estudos de dança em Belo Horizonte. Em 1975, junto com outros dez bailarinos fundou o Grupo Corpo. Trabalhou com Lia Rodrigues como bailarina, professora e assistente de direção. Também foi professora do curso técnico da Escola Angel Viana durante seis anos. Em 2003, começou a desenvolver seu trabalho solo e já se apresentou nas principais capitais do Brasil, além de países na Europa e na África. A artista trabalhou com o diretor Luiz Fernando Carvalho como coreógrafa nas minisséries “Hoje é dia de Maria”, “Capitu” e “Clarice só para mulheres”, da TV Globo, além de ter feito parte da equipe de preparação de atores da novela “Velho Chico”.

Foi duas vezes selecionada pelo projeto Rumos Itaú Cultural para desenvolver os trabalhos: “Justo uma imagem” (2009) e “EntreVer” (2014). Em 2015, junto com Dani Lima, Cristian Duarte, Alex Cassal e Marcio Abreu dirigiu o projeto “6 modelos para jogar” para o Itaú Cultural. Em 2018, dirigiu a peça “Sobre o que não sabemos” para o Grupo Roda Gigante e atuou na montagem de “A Mentira”, de Nelson Rodrigues, dirigida por Inêz Viana.

Sobre Emyle Daltro

emyle daltro

Artista da dança, professora e pesquisadora, atua nos cursos de graduação em Dança da UFC desde 2013. Nascida em Cuiabá, MT, tem formação em Dança (Advanced e Teaching Certificate da Royal Academy of Dance), foi co-fundadora e bailarina do grupo Casa – Artes do Corpo (2009-2010), ganhando o Prêmio Funarte Klauss Vianna em 2009, com o trabalho Pena que cocar não tem. É doutora em Arte pela Universidade de Brasília (UnB), mestra em Estudos de Cultura Contemporânea pela UFMT, investigando a invenção de corpo, composição e aprendizagem em dança, em articulação com instalações no âmbito das artes visuais. Coordenou o projeto de extensão Grande Roda: africanidades, ancestralidades e interculturalidade em movimentos (2017-2018). Desde 2018, colabora com o grupo de pesquisa Sonoridades Múltiplas (ICA/UFC), coordenado por Consiglia Latorre, trabalhando improvisação em música e dança. Estreou, em 2019, o trabalho cênico Folharal que segue sendo apresentado. Atualmente coordena os estágios dos cursos de dança da UFC e o projeto de pesquisa e criação Areia: invenções interculturais em dança.

Sobre a Escola

O Porto Iracema das Artes é a escola de formação e criação em artes do Governo do Estado do Ceará, ligada à Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, sob gestão do Instituto Dragão do Mar (IDM). Criada em 29 de agosto de 2013, há sete anos desenvolve processos formativos nas áreas de Música, Dança, Artes Visuais, Cinema e Teatro, com a oferta de Cursos Básicos e Técnicos, além de Laboratórios de Criação. Todas as ações oferecidas são gratuitas.

Serviço

O quê: “Denise Stutz analisa seu trabalho “3 solos em 1 tempo” na segunda edição do Anatomia da Dança”
Quando: Quinta-feira (17), a partir das 15h
Onde acessar: Canal do Youtube e Facebook da Escola Porto Iracema das Artes

Equipe Assessoria de Comunicação Porto Iracema das Artes | Rafaela Leite
Publicado em 10/09/2020