Escola de Formação e Criação do Ceará

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Conheça os projetos artísticos participantes da 10ª edição dos Laboratórios de Criação da Porto Iracema das Artes

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Os Laboratórios de Criação são espaços de experimentação, pesquisa e desenvolvimento de projetos culturais em cinco linguagens artísticas

A Escola Porto Iracema das Artes, instituição da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult) gerida pelo Instituto Dragão do Mar (IDM), apresenta os projetos, artistas e tutores selecionados e que compõem a décima edição dos Laboratórios de Criação.

Ao longo de sete meses, artistas/es selecionados/as/es desenvolvem seus projetos em espaços de experimentação em regime de imersão, por meio de processos formativos de excelência por meio de tutorias e vivências. Também recebem bolsa no valor de R$1.000 (mil reais) mensais para se dedicarem aos projetos.

O Programa de Laboratórios de Criação da Porto Iracema das Artes tem o apoio da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), e das empresas Dass, Democrata Calçados e Neorubber e Termaco, com Parceria da BG Soluções Sociais, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo.

>>>>Conheça artistas e projetos que integram a 10ª edição dos Laboratórios de Criação:

LABORATÓRIO CENA-15 – CINEMA

 

Seis projetos fazem parte nesta edição: “O Palhaço na Berlinda”, “Assim Morrem as Bichas”, “Festa Santa”, Barbarize-se”, “Lulinha, Meu Santo” e “Névoa Baixa”.

O PALHAÇO NA BERLINDA (Fortaleza, Ceará)
Roteiristas: Victor Furtado e David Santos

Sinopse: Raimundo Novato é um palhaço argentino atolado de trabalho, sem tempo para sua esposa e filha e buscando manter sua trupe de bufões. A vida lhe dá uma chance: ingressos para ir ao circo em família! Mas de repente, Raimundo Novato se vê preso na delegacia lotada de palhaços suspeitos, em um interrogatório complicado, no qual o acusam de um crime misterioso. Não há testemunhas, nem provas suficientes. Cada vez mais fundo num emaranhado de memórias absurdas, confusões e segredos suspeitos, Novato tenta convencer que é inocente. Tudo que o palhaço quer é sair a tempo de ir ao circo com sua família.

ASSIM MORREM AS BICHAS (Fortaleza, Ceará)
Roteiristas: Nilo Rivas e Guilherme Ramos

Sinopse: Quando Oscar some, seu irmão René junto a Ed, companheiro de Oscar, iniciam uma busca sem saber se ele foi sequestrado por terroristas ou militares. Ed precisa esconder a sua relação romântica com Oscar enquanto tenta encontrá-lo. Eles conhecem Ramiro, um policial desovador de corpos, que tenta ajudá-los, até perceber sua atração por Ed. Mas descobrem que tudo é parte de um plano do pai de Oscar para separá-lo de Ed. Durante o resgate, Oscar morre entendendo que seu irmão sempre o aceitou.

FESTA SANTA (Aracati, Ceará)
Roteiristas: Leônidas Oliveira e Ton Zaranza

Sinopse: Na Semana Santa, habitantes de um município litorâneo brasileiro dividem-se entre festejos católicos e mundanos. Após dois irmãos encontrarem o corpo de um menino, o radialista Edmar Freitas tenta descobrir quem é o assassino e informa o povo dos acontecimentos. Entre boatos e rumores, o assassino se entrega à polícia e confessa o crime. Os preparativos para a malhação de Judas começam, mas Edmar reúne uma multidão revoltada que pede a cabeça do monstro. A Páscoa chega.

BARBARIZE-SE! (Juazeiro do Norte, Ceará)
Roteiristas: Wylliana Nascimento e Tiago Manguebixa

Sinopse: Três jovens amigues, em período de transição pandêmica, decidem abrir um espaço cultural no centro da conservadora cidade de Barbalha, interior do Ceará,
com atividades voltadas para um público não-normativo. O que eles querem? Ney, Jéssyca e Vitor querem expressar-se livremente, sem tabus ou pudores, mas, para isso, terão que enfrentar as difamações de Dona Vânia, senhora da elite local que deseja a manutenção da moral e dos “bons costumes”.

LULINHA, MEU SANTO! (Salvador, Bahia)
Roteiristas: Camila Ribeiro e Yan Rego

Sinopse: Angélica mora em Las Veras, cidade famosa pelo turismo em torno do bingo. Com a notícia da proibição dos bingos, a população se organiza para viajar até Brasília. Na estrada, a caravana de Las Veras passa por perrengues e brigas enquanto as frustrações de Angélica com os pais aumentam. Com a aproximação do destino, Angélica é surpreendida com uma festa para comemorar seus 10 anos, selando a paz com os pais. Ao chegar na capital, a caravana se junta ao protesto em frente ao Palácio da Alvorada.

NÉVOA BAIXA (São Paulo, SP)
Roteirista: Eugenia Kimura

Sinopse: Após a morte de seu marido abusivo, Saki, uma imigrante japonesa, parte
com Emi, sua filha de 6 anos, do Paraná para o Japão. No aeroporto, ela descobre
que não tem um documento obrigatório para viajar. Voltar não é uma opção, mas, apesar de não conhecer ninguém em São Paulo, ela decide ficar na cidade até que possa ir embora.

LABORATÓRIO DE DANÇA

 

Seis projetos foram selecionados para esta décima edição: “E Aí População? Teimosias, Saberes e Dançares”, “Maresia”, “Corpo Social Que Transcende: Criação Cênica a Partir da Corporeidade Feminina das Catadoras de Pequi do Cariri Cearense”, “Através da Miragem – Uma Investigação em Dança do Ventre” e “Solta o Ponto Batidão” e “Capoeiragem: Educação do Corpo e Legado Cultural”

E AÍ POPULAÇÃO? TEIMOSIAS, SABERES E DANÇARES (Fortaleza)
de William Angelo, Claudia Moreira e Mateus Fazeno Rock
Tutoria: Pedra Silva

E aí, população: teimosias, saberes e dançares, é sobre considerar a possibilidade de outros modos de criação em/com a dança. Do que a dança pode ser, ao invés do que a dança é. Através de procedimentos, numa pesquisa de movimento no Reggae, Funk, Hip hop dance, coco entre outras manifestações populares. Considerando uma produção de saberes, dizeres e dançares que tem como ponto partida corporeidades e materialidades periféricas.

MARESIA (Fortaleza)
de Rafael Abreu, Daniel Rufino e Joana Darc Fernandes
Tutoria: Daniela Yara Cantillo

Maresia é um mergulho nas experimentações físicas, e concentra-se na busca por diálogos entre as linguagens da dança e do circo, a fim de gerar uma comunicação que agregue valor, no fluxo de informações que transita entre as citadas técnicas, transformando-se em um exercício híbrido a partir das vivências em áreas de praia, mar, dunas, falésias e mangues, banhadas pelo sol e pela lua, experimentações externas nomeadas de “Maré de águas vivas”.

CORPO SOCIAL QUE TRANSCENDE: CRIAÇÃO CÊNICA A PARTIR DA CORPOREIDADE FEMININA DAS CATADORAS DE PEQUI DO CARIRI CEARENSE (Crato)
de Faeina Jorge, Andencieli Martins e Mestra Maria de Tiê
Tutoria: Aline Vallim

O projeto se lançará na investigação das ações cotidianas e memórias corpo vocal e social das mulheres catadoras de pequi habitantes do quilombo de Souzas no Cariri, que também são mestras da cultura popular e Umbandistas. O Coletivo Avessos irá se inspirar nas vivências cotidianas com essas mulheres pesquisando o estado da memória-corpo-vocal e social fazendo o cruzamento da investigação-criação e improvisação na dança/performance.

ATRAVÉS DA MIRAGEM – UMA INVESTIGAÇÃO EM DANÇA DO VENTRE (Fortaleza)
de Mel Rayzel, Tatiana Dourado e Laris Bibiano
Tutoria: Márcia Mignac

Quais miragens nos recusamos a transpor na dança? A pesquisa investiga as fronteiras e territórios traçados na trajetória da dança do ventre entre as linhas imaginárias dos corpos que a compõem, traçando um paralelo com a realidade e atravessamentos das mulheres deste nosso tempo. Esperamos desenvolver um trabalho que instigue novos e futuros espaços criativos dentro da dança do ventre. Trazendo elementos conhecidos, como tecidos, o harém, movimentações e sonoridades sob outras perspectivas.

SOLTA O PONTO BATIDÃO (Maracanaú)
de Gabriele Dalyla, Ana Luiza Gomes, Átila Bruno
Tutoria: Taísa Machado

É um projeto de pesquisa sobre a perspectiva negra e periférica, sobre o corpo dançante em contato com o funk e a influência do movimento na criação do BPM durante as variações e modificações que ocorreram durante os anos. O funk, mesmo em diferentes localidades, sempre teve uma certa batida, mas pode-se dizer que o cenário mudou com a chegada dos 150 bpm. Como a dança funk influenciou e foi influenciada durante essa mudança?

CAPOEIRAGEM: Educação do Corpo e Legado Cultural (Itapipoca)
de Flávio Santos, Keyroys e Gelmo Sousa
Tutoria: Gabriela Santana

Projeto que visa explorar os saberes de uma arte negra ancestral, co-criando em cena performances do jogo, abordando o improviso, a surpresa e a experimentação com possibilidades do corpo mandingueiro. A pesquisa propõe-se a fazer um aprofundamento dos rituais e raízes por trás do balanço da ginga e um manifesto performático da riqueza cultural por meio do corpo-capoeira.

LABORATÓRIO DE ARTES VISUAIS

TAOWÁS – LINGUAGENS FIXADAS
de Merremii Karão Jaguaribaras
Tutora: Sallisa Rosa

Pesquiso as expressões artísticas de meu povo que são reproduzidas de diversas formas com técnicas ancestrais permitindo fazer manipulações alquímicas trazendo os significados das cores e a interação dela como um padrão de sociedade cultural existente em nosso território Cearense, trazendo ao público experimentações e partilha de sentimentos ao ter o corpo ou parte do corpo pintado com tintas naturais.

O QUE TEM A DIZER UMA MARACANÃ?
de zwanga adjoa nyack
Tutora: Sallisa Rosa

Consiste numa investigação do que acontece quando atravesso os portais de Maracanaú e me transformo em maracanã. Procuro aqui interpretar alguns documentos produzidos por mim em estado de transe. Alguns deles foram escritos desde o meu retorno ao município no ano de 2019. Pretendo também fazer uma bricolagem desse material com alguns documentos oficiais sobre esses lugares e também aqueles que produzem algum tipo de discursos sobre negres na cidade desde a sua “emancipação”.

PROJETO [SEM NOME]
de Leo Silva e Vitória Helen
Tutor: Mulambö

Projeto [sem nome] trata-se de uma pesquisa fotográfica e urbana, onde investiga-se, resgata-se, cria-se e recria-se a memória dos bairros, Santa Filomena e Curió.

MIXARIA NO SERTÃO E OURO NO EXTERIOR
de Filipe Alves
Tutor: Dalton Paula

A proposta desta pesquisa é discutir através da fotografia/fotoperformance um assunto delicado que pouco vem sendo falado, o tráfico de fósseis no Brasil por meio do Cariri, região do nordeste, que acontece muitas vezes “por debaixo dos panos”, um patrimônio incalculável, roubado em um grande esquema internacional de contrabando para Europa, Japão, EUA, entre outros lugares no mundo. Para onde está indo a nossa história?

MONUMENTA
de Amorfas
Tutora: Efe Godoy

A perspectiva para MONUMENTA é a elaboração de narrativas estéticas que celebrem a vida trans e travesti através da construção ramificada de um acervo multimídia, composto por colagens,fotografias e imagens manipuladas com inteligência artificial impressas em tecidos, entre outros experimentos e intervenções com som,roupas videoperformance,carcaças de carros, projeções e esculturas.

desaguar
de sid
Tutora: Efe Godoy

Na insistência que perdura desde antes de nascer de novo, atravesso papeis, peles e paredes. Na Persistência de uma infiltração que rompe, reexisto em espaços que não me permitem respirar. Movimento constante as materialidades utilizadas para criar essa resistência, corpa que constrói e abre caminhos de passagens para outras. Desejo continuar, desenvolver estratégias ficcionalizantes a partir dos signos que atravessam a minha memória e investigação, quero dar vazão a quem existe agora.

SERTÃO EM BORDERLINE
de Fluxo Marginal
Tutor: Mulambö

Sertão em Borderline é um projeto que busca investigar o momento do encontro e a fluidez das fronteiras, buscando refletir diferentes compreensões de limites para organizar imageticamente através do conceito de colagem, o ponto de encontro imaginário entre a tradição e o urbano, o passado e o presente, o interior e a capital, demarcando um sertão diverso, multifacetado e em conflito.

O QUE FAZ DE UMA CASA UM LAR?
de Andréa Sobreira
Tutor: Dalton Paula

O projeto tensiona discussões em torno de conceitos como memória, território e identidade, que brotam de um processo que segue ganhando encavos. O que faz de uma casa um lar? Busca possíveis compreensões de uma sujeita no mundo que percorre territórios e busca compreender as raízes onde foi gestada. As artes gráficas possibilitam dar forma a esse pensamento que segue sendo rascunhado.

 

LABORATÓRIO DE TEATRO

 

Seis projetos fazem parte dessa edição: “Corpo-Cabra: Corporeidades e Masculinidades no Cariri”, “Criação em Tempo de Espiralar: Histórias de Amedrontar e suas Oralituras, Exu e suas Encruzilhadas”, “Desfiando Memórias”, “Drama Espaçado”, “Procura-se Marly” e “Travesticena”.

CORPO-CABRA: CORPOREIDADES E MASCULINIDADES NO CARIRI (Juazeiro do Norte)
de Fagner Fernandes, Edceu Barboza e Elizieldon Dantas • Grupo Ninho de Teatro / Tutoria: Marcelo Evelin

A pesquisa cênico-etnográfica Corpo-Cabra: corporeidades e masculinidades no Cariri, parte da terminologia “Cabra” como um marcador colonial que imprime suas violências e desumaniza corpos de homens pretos-indígenas ao subjugá-los bichos. A partir desse fato histórico, objetivamos investigar através do corpo como o modelo hegemônico de homem imposto aprisiona as performances de masculinidades, sendo estas deflagradoras de violências de gênero e outras tantas.

CRIAÇÃO EM TEMPO ESPIRALAR: HISTÓRIAS DE AMEDRONTAR E SUAS ORALITURAS, EXU E SUAS ENCRUZILHADAS (Fortaleza)
de Rafael Semino, Gabriel França e Valdir Marte • Coletivo Farol Novo
Tutoria: Plataforma Araká

Esta pesquisa nasce do desejo de desenvolver processos de criação em tempo espiralar, tendo por objetivo a enunciação de 4 caminhos: compressão do tempo espiralar para habitar o tempo floresta, que se dará em estudos sobre as temporalidades na arte. Atualização dos mitos no corpo, utilizando a mitologia de Exu a fim de tensioná-lo junto a esse caminho. Inscrição das oralituras, por meio de histórias de amedrontar da infância e entrevistas feitas no interior do Ceará. Como desenvolver obras que tragam experiências de temporalidades, levando em consideração a forma que Exu se revelou no processo, juntamente com as histórias de amedrontar? Pretendemos responder essa pergunta no último caminho, que se dá nos eixos performativos pelos quais passeamos como artistas, entre eles o teatro, as artes visuais, a ilustração e a escrita.

DESFIANDO MEMÓRIAS (Guaraciaba do Norte)
de Jocilene Ramos, Letícia Muniz e Daniel Fernandes
Tutoria: Cláudio Ivo

A pesquisa propõe realizar um mergulho em memórias femininas e suas criações manuais a partir do algodão e suas transformações, percorrendo rastros ancestrais herdados pelo ofício, suas corporeidades e sonoridades. A proposta é inspirada em mulheres sertanejas do interior do Estado do Ceará, que trazem consigo histórias e memórias que se entrelaçam com linhas, tecidos e a paisagem do sertão. Baseado na perspectiva “Corpo como lugaridade de ofícios” a pesquisa busca investigar como esses saberes e fazeres reverberam no corpo e na cena, alcançando uma criação cênica atravessada pelo audiovisual e outras tecnologias.

DRAMA ESPAÇADO (Fortaleza)
de Geane Albuquerque, Andreia Pires, Gyl Giffony, Melindra Lindra e Wellington Fonseca • Inquieta Cia.
Tutoria: Vinícius Arneiro

Proposta formativa e criativa que pesquisa o estilhaçamento do drama, remexendo no que pode vir a ser tempo, ação e texto, em uma percepção múltipla e produtiva. Inspira-se no jogo da amarelinha, tanto no procedimento da brincadeira quanto na experiência proposta por Julio Cortázar em seu livro “O Jogo da Amarelinha”. A Inquieta Cia. busca um teatro performativo, rabiscado por discursos, linguagens e materialidades heterogêneos, despedaçados pelo espaço de jogo e de cena.

PROCURA-SE MARLY (Redenção)
de Rosana Braga Reis, Anderson Marques, Wilame Júnior e vyna garcy
Tutoria: Tieta Macau

PROCURA-SE MARLY é disparada por uma carta de amor escrita em 1957 e achada em uma rua de Fortaleza. A proposta é criar dramaturgias para corpos-carta afetados pela saudade e pelo desejo do encontro, encruzilhando teatro, audiovisual e aparições. A pesquisa será realizada em dois eixos: “Fortaleza” (pesquisa documental e cartográfica) e “Unilab”, nos municípios de Redenção e Acarape (arqueologia dos corpos e fantasmagorias nas festas de uma universidade que evoca afetos além-mar).

TRAVESTICENA (Fortaleza)
de ewa nïara, Luz da Guia e Souma
Tutoria: Ventura Profana

Essa proposta de investigação consiste na criação de uma casa-galeria, com instalações cênicas e performances. O intuito é desenvolver os primeiros experimentos e escritas de uma tríade de cômodos performáticos, que representem momentos-chave da pesquisa, a saber: território, akuirlombamento e ancestralidade. Partindo de entenderes de cuidado, criar um programa performativo que teçam saberes transvestis-raciais, contra ideias de violência e marginalização transvesti enquanto espaço seguro.

LABORATÓRIO DE MÚSICA

Cinco projetos fazem parte desta edição: “Análise Selvagem”, “Bárbara!”, “Encruzilhada” e “Manifesto Afrokaos”.

ANÁLISE SELVAGEM (Sobral)
de Alice David, Gabriel Vieira e Briar
Tutoria: Tulipa Ruiz

A partir da imersão nas músicas da cantora, compositora e artista visual Alice David é que surge o Análise Selvagem. Numa estética tão variada quanto pessoal, faz parte da identidade um certo modo de pensar e se haver com os pesos e alegrias da vida, numa atmosfera que mistura folk, blues e invencionices. Há um flerte com as artes visuais, área comum entre os integrantes, que potencializa o processo. Objetiva-se a gravação das músicas, resultando num EP, e a produção de um show.

BÁRBARA!
de Rodrigo Ferreira – Mulher Barbada, Caio Castelo e Luana Caiubi
Tutoria: Guilherme Kastrup

O projeto trata da construção do primeiro álbum da cantora drag queen Mulher Barbada, que influenciada pela chamada Nova MPB, pretende fazer drag music que flerte com a Tropicália e misture rock, samba, bossa nova e psicodelia. Junto dos (das) artistas Caio Castelo, Dândara Marquês e Vladya Mendes. Mulher Barbada pretende trabalhar composições atuais e novas canções ao longo do processo, abordando questões como gênero, sexualidade e representatividade. Integra o projeto também a produtora Luana Caiubi.

ENCRUZILHADA
de Zeis, Renata Froan e Eudenia Magalhães
Tutoria: Kassin

Encruzilhada é uma metáfora para um mundo penetrado em dualismo(s). Que caminhos alternativos podemos seguir e quais as perspectivas de futuro? Neste trabalho, Zéis busca encontrar nas discussões sobre raça, na arte, nos encontros, na sua energia rockeira e nas suas referências da música brasileira, algo que conecta as pessoas. Encruzilhada é uma experiência estético-sonora, uma imersão poética, musical e afetiva entre o público e o artista.

MANIFESTO AFROKAOS
de Davinci, Dinho K7 e Durango
Tutoria: Felipe Fiúza

AfroKaos é uma pesquisa realizada por integrantes do coletivo Selo do Século, que consiste numa experimentação sonora e visual centrada na estética afrofuturista. Propõe-se a criação de uma nova sonoridade advinda de texturas que serão construídas a partir de experimentações, que partem da mescla entre instrumentos orgânicos não-convencionais e da música eletrônica, buscando, assim, uma ressignificação do passado e almejando uma ascensão periférica.

 

Sobre os Laboratórios de Criação

São espaços de experimentação, pesquisa e desenvolvimento de projetos culturais em cinco linguagens: Artes Visuais, Cinema, Dança, Música e Teatro. Funcionam em regime de imersão, por meio de processos formativos de excelência, desenvolvidos em torno das propostas previamente selecionadas. Os artistas recebem orientação de tutores e tutoras, que conduzem à qualificação dos projetos por meio de orientações individuais, além de oficinas, palestras e masterclasses pelo período de sete meses. Os laboratórios funcionam em regime de imersão, através de processos formativos de excelência, desenvolvidos em torno de propostas previamente selecionadas. Durante esse tempo, os artistas selecionados recebem ajuda de custo para que possam se dedicar integralmente ao desenvolvimento de suas propostas. Ao longo de dez edições, de 2013 a 2022, 555 artistas passaram pelos Labs e 221 projetos foram selecionados.

Sobre a Escola

O Porto Iracema das Artes é a escola de formação e criação em artes do Governo do Estado do Ceará, ligada à Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, sob gestão do Instituto Dragão do Mar (IDM). Criada em 29 de agosto de 2013, há nove anos desenvolve processos formativos nas áreas de Música, Dança, Artes Visuais, Cinema e Teatro, com a oferta de Cursos Básicos e Técnicos, além de Laboratórios de Criação. Todas as ações oferecidas são gratuitas.