(2017, longa-metragem, falso documentário) – Ceará
Ana (35) vive em Lisboa e passa por uma crise profissional e afetiva. Nesse momento, é chamada para ir ao Crato, interior do Ceará, onde precisa resolver um inventário familiar com a morte da tia-avó, Telma Saraiva. Ao chegar na região, se defronta com as imagens da sua infância que emergem a partir da descoberta do acervo fotográfico de Telma. Sua tia-avó foi a primeira mulher foto-pintora do Crato, e chegou a desenvolver uma técnica refinada nunca antes vista na fotopintura. Ana desvenda para si o trabalho de Telma e tem uma epifania ao entrar em contato com os personagens femininos pintados por ela: mulheres que revelam a fantasia dos ritos sociais, sendo estas construídas e incorporadas. Diante da obra da tia-avó, Ana decide urgentemente mudar a sua própria vida.
Roteiristas
Adriana Botelho é professora de história da arte na Universidade Federal do Cariri, onde também faz parte do projeto de extensão Cine Arte Clube, que realiza exibições de curtas-metragens, palestras e oficinas. É formada em dramaturgia pelo Instituto Dragão do Mar e doutoranda pela Universidade de Lisboa, onde investiga as interposições entre o cinema de ficção e o documental
Reneude Andrade é formada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e em dramaturgia pelo Instituto Dragão do Mar. Fez o curso de cinema de animação na TV Ceará, em convênio com a National Film Board of Canadá, no qual produziu curtas-metragens enquanto diretora e roteirista. Escreveu também o filme de animação Campo Branco (Dir. Telmo Carvalho, 1997), premiado em diversos festivais pelo mundo.