Em celebração à pluralidade musical dos laboratórios da Escola Porto Iracema das Artes, a MOPI11 apresenta o projeto “Dançaremos Furta-Cor com Outros Mundos”, da banda Procurando Kalu, com participação da tutora Karina Buhr. O show acontece dia 15 de março, no Teatro do Dragão do Mar, às 21h
Promovendo a prática musical em suas diversas formas de expressão, a Escola Porto Iracema das Artes – equipamento da Rede de Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult Ceará), gerida em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM) –, apresenta a banda Procurando Kalu, com o show “Dançaremos Furta-Cor com Outros Mundos”, nesta sexta-feira, 15 de março. O evento é parte das atrações da 11ª edição da Mostra de Artes da Porto Iracema, a MOPI 11.
Intitulado “Dançaremos Furta-Cor com Outros Mundos”, o projeto investiga a linguagem musical friccionada à performance, evocando, numa ótica psicodélica e delirante, canções que emulam corpos, memórias e transmutações de um “Sertão-Futuro-Ancestral”. Em um contexto híbrido, o processo investiga a utilização de aparatos tecnológicos e de dramaturgias performativas, a fim de estabelecer uma obra inédita entre música, performance e moda.
Os artistas Zeca Kalu, Rodrigo Brasil, Izma Xavier e Gegê Teófilo, junto aos participantes Rami Freitas e Felipe Castro, contam que participar do Lab Música da Escola Porto Iracema das Artes já estava no campo de desejo da banda. Ao entrar nos laboratórios, nasceu, ainda, a ideia de compor novas canções para o “Dançaremos Furta-Cor com Outros Mundos”, conectadas a partir de características sonoras, psicodélicas, delirantes e surrealistas, também somadas dramaticamente a ações performativas. O projeto se transformou e ganhou um enorme corpo.
“Participar do Lab Música da Porto Iracema das Artes, coordenado pela artista Mona Gadelha e com a tutoria de Karina Bhur, fez com que nosso projeto ganhasse pernas e atravessasse novas experimentações no palco durante nossos shows, compondo toda a narrativa criada para o espetáculo, entrando em investigações que vão do sertão à estrada. Nosso plano, agora, é fazer circular a obra que foi criada nos palcos, pois acreditamos muito na força que ele desempenha para que o trabalho tome corpo, além de registrar esse novo repertório que foi desenvolvido em novo álbum da banda.”
O trabalho já carregava a influência do fazer artístico de Karina Buhr, desde suas composições, até a sua presença de palco. A conexão dele com outras linguagens artísticas, juntos ao trabalho da artista, gerou um elo, além de um vínculo afetivo entre a banda sobralense e a artista.
Karina Buhr, tutora do projeto durante estes últimos sete meses, desafia os integrantes da banda a saírem da zona de conforto, instigando-os a passear por novos estilos e imergir profundamente em tentativas, pesquisas e estudos sobre o trabalho.
“Ser tutora do projeto Dançaremos Furta-Cor com outros mundos, da banda procurando Kalu começou com uma admiração por esse trabalho e do desafio do que seria exatamente fazer uma tutoria. Descobri durante esse tempo juntos que ‘exatamente’ é palavra que não existe aqui, mas uma flutuação constante de ideias, proposições, experimentos e ação. Temos uma identificação muito forte vinda de várias frentes, inclusive na parte cênica e isso tornou tudo muito natural. Fico triste de estar acabando, mas acho que acabar é outra palavra que não existe aqui.”
A pesquisa do grupo de Sobral procurando Kalu “Dançaremos furta cor com outros mundos” é uma exuberante proposta, acrescenta a Coordenadora do Laboratório de Música da Porto Iracema, Mona Gadelha.
“O projeto reúne referências como a estética do sertão e o surrealismo. Rock, psicodelismo e tantas outras que a banda mescla, num grande caldeirão. Recebe, ainda, a colaboração luxuosa da grande multiartista Karina Buhr. Essa imersão do grupo de Sobral que libera a cena cada vez mais efervescente da cidade, caminha para um espetáculo que, certamente, marcará a sensibilidade de quem estiver no Teatro do Dragão do Mar no dia 15.”
Sobre Karina Buhr
Começou na música em 1992 tocando nos maracatus Piaba de Ouro e Estrela Brilhante do Recife. Fez parte das bandas Eddie e Comadre Fulozinha. Tocou com Erasto Vasconcelos e DJ Dolores. Na carreira solo lançou os discos autorais Eu Menti pra Você (2010), Longe de Onde (2011), Selvática (2015) e Desmanche (2019). Tocou no Womex Copenhague, Festival Roskilde, Festival Músicas do Mundo de Sines, Palau de la Musica (Barcelona), Casa da Música do Porto e outros. De 2002 a 2007 atuou no Teatro Oficina, onde participou de As Bacantes e as cinco peças da montagem de Os Sertões, em cartaz em São Paulo e em turnê por Salvador, Rio de Janeiro, Recife, Quixeramobim, Canudos, e abriu a temporada 2005/2006 do Volksbühne, em Berlim. Em 2015 lançou o livro Desperdiçando Rima (Rocco) e em 2019 gravou “Meu Nome é Bagdá”, de Caru Alves de Souza, seu primeiro longa-metragem como atriz, vencedor do prêmio do júri da mostra Generations, na Berlinale 2020. Em 2020 compôs e gravou Saudades de Lá e Acordar e Perfumar, parcerias com Mauro Refosco e Joey Waronker, lançadas, em 2021, no Blue Marble Sky, disco de estreia da banda Jomoro. Desde março de 2020 Karina escreve mensalmente crônicas e também ilustra a coluna “Geralmente”, na Revista Continente online e em 2022 lançou “Mainá” (Todavia), seu primeiro romance.
Sobre os Laboratórios de Criação
São espaços de experimentação, pesquisa e desenvolvimento de projetos culturais em cinco linguagens: Artes Visuais, Cinema, Dança, Música e Teatro. Funcionam em regime de imersão, por meio de processos formativos de excelência, desenvolvidos em torno das propostas previamente selecionadas. Os artistas recebem orientação de tutores e tutoras, que conduzem à qualificação dos projetos por meio de orientações individuais, além de oficinas, palestras e masterclasses pelo período de sete meses. Os laboratórios funcionam em regime de imersão, através de processos formativos de excelência, desenvolvidos em torno de propostas previamente selecionadas. Durante esse tempo, os artistas selecionados recebem ajuda de custo para que possam se dedicar integralmente ao desenvolvimento de suas propostas. Ao longo de dez edições, de 2013 a 2022, 555 artistas passaram pelos Labs e 221 projetos foram selecionados.
Sobre a Escola
A Porto Iracema das Artes é a escola de formação e criação em artes do Governo do Estado do Ceará, equipamento da Rede de Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult Ceará), gerida em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM). Criada em 29 de agosto de 2013, há dez anos desenvolve processos formativos nas áreas de Música, Dança, Artes Visuais, Cinema e Teatro, com a oferta de Cursos Básicos e Técnicos, além de Laboratórios de Criação. Todas as ações oferecidas são gratuitas.
SERVIÇO
O quê: Show da banda “Procurando Kalu: Dançaremos Furta-Cor com Outros Mundos”
Onde: Teatro do Dragão do Mar
Quando: Sexta-feira – 15 de março
Horário: 21h
Gratuito e aberto ao público
Classificação livre e com tradução em LIBRAS
Assessoria de Comunicação Porto Iracema das Artes | Texto: Carol Danziger (jornalista) | Supervisão e Edição: Gabriela Dourado (jornalista) | Publicado em 13 de março de 2024