Escola de Formação e Criação do Ceará

Captura de Tela (78)(1)

Projeto “O Cheiro do Queijo”, ex-integrante do Laboratório de Música da Porto Iracema, lança álbum “Sound Circo”

Captura de Tela 781

Produção é realizada pelos artistas Abu da Pereba, Bito Beat e Morcego, integrantes do projeto “O Cheiro do Queijo”, participante do Lab de Música da Porto entre os anos de 2021 e 2022

Ex-integrantes do Laboratório de Música da Escola Porto Iracema das Artes – equipamento da Rede de Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult Ceará), gerida pelo Instituto Dragão do Mar (IDM) –, Abu da Pereba, Bito Beat e Morcego, membros do projeto “O Cheiro do Queijo”, lançam o álbum “Sound Circo” nesta quinta-feira, 21 de março. O lançamento conta com a participação de Mutante, Carú Lina, Sertão Rap, Modos Rudes, Wendell Maciel, Gueguel Japa, e do então tutor do projeto, o líder da banda Baiana System, Russo Passapusso.

A iniciativa, florescida na cena artística cearense por meio do trio, integrou o Laboratório de Música da Escola no ano de 2021, e contou com apresentações nas Rotas de Criação e na MOPIzona, em 2022. Durante o período de aprendizagem, os artistas realizaram gravações no estúdio da Escola para o single “Indivíduos”. Em meio à suas passagens pela Porto, o tutor do projeto, Russo Passapusso, também realizou um ensaio presencial com os integrantes da produção musical, auxiliando na evolução e aperfeiçoamento dos participantes do “Cheiro do Queijo”.

Além da iniciativa, Abu da Pereba e Bito Beat se apresentaram durante o show da banda, Baiana System, durante o Festival Zepelim, realizado também em 2022, performando as canções “Arapuca” e “Indivíduos’. 

Para Abu, trabalhar com o ídolo foi uma experiência inesquecível, que o fez ter acesso a um processo enriquecedor, “A gente ouvia o Russo em 2016, e poder falar isso pra ele, direto, olhando pro cara e falando ‘Meu irmão, você não tem ideia do que você fez lá no passado, as coisas que você influenciou em mim, influenciou na gente, influenciou no movimento dentro da minha cidade, no movimento de sarau, de mexer na vida de tantas pessoas’, o cara nem tem esse entendimento, né?  Foi a realização de um sonho. Nunca, em outras condições, a gente teria essa possibilidade”.

Nas pesquisas, o artista destaca a influência de Russo ao guiar o trio para um melhor entendimento sobre a temática abordada pelos integrantes do projeto, bem como a importância da Escola ao abrir oportunidades jamais imaginadas pelos participantes do Laboratório: “A experiência foi totalmente importante pro nosso entendimento de quem a gente é. O Russo provocou muito isso, em compreender o que a gente é, por que as pessoas curtem isso que a gente faz…A formação a gente já vinha fazendo, construindo antes da Escola. Mas a Escola foi pra gente poder compreender o que a gente fazia e o que a gente era. Esse foi o processo que determinou a construção desse disco, que bandeira crítica a gente quer levantar, quem nós somos, de que forma a gente quer mostrar nossa música do Ceará pro restante do país”, relata. 

Abu complementa que “a Escola Porto Iracema foi fundamental, nos deu estrutura, nos deu remuneração pra pensar, pra não ficar naquele aperreio de trabalhar, de ficar correndo pra ganhar dinheiro pra comer, esse processo é fundamental. Eu conheço a Escola como um dos equipamentos mais importantes do Estado e ela é realmente referência no Brasil todo. É importante reconhecer o papel que a Escola cumpre na nossa história e na história da cultura do Ceará. Dedico muito esse disco a Escola, para tudo que a Escola proporcionou para gente, realmente foi um sonho estar com o Russo, se não fosse essa vivência, não sei como seria isso”, finaliza. 

Assessoria de Comunicação Porto Iracema das Artes | Texto: Liv de Moraes (estagiária) | Supervisão e Edição: Gabriela Dourado (jornalista) | Publicado em 21 de março de 2024