As indicações reúnem leitura, vídeos, séries e fotografias para apreciação e estudo, além de perfis de ex-alunas e ex-alunas da Escola
Entre as dicas da Escola Porto Iracema das Artes para esse período de isolamento necessário, a fotografia não podia faltar. A arte é predecessora do cinema, tema de outra de nossas listas (você pode acessar AQUI). São muitas as possibilidades de experimentar a fotografia como expressão artística e também em diálogo com áreas como a moda, o fotojornalismo, a publicidade, entre outras. Uma ótima opção para o período de estadia em casa.
A seguir, você encontra ensaios, perfis, leituras, conteúdos audiovisuais sobre fotografia e perfis de alunas e alunos que passaram pela Escola, bem como de fotógrafos nacionais e internacionais que podem ser acessados gratuitamente. Confere!
Aula aberta com Paula Sampaio no Porto Iracema das Artes: a fotógrafa Paula Sampaio ministrou na Escola a aula aberta “Embarque”, integrando a programação de aniversário do Porto Iracema, em 2017. No evento, a artista visual apresentou ao público uma viagem pelas séries, ensaios e projetos fotográficos desenvolvidos por ela durante os últimos 27 anos na Região Amazônica e abordou temas como colonização, migrações e memórias. Assista AQUI.
Revista ZUM: editado pelo Instituto Moreira Salles, disponibiliza conteúdo gratuito sobre imagem, fotografia e arte em geral.
O próprio site do IMS também disponibiliza parte do acervo de fotografia online.
Série Caçadores da Alma: série exibida pelo Canal Brasil trata dos fotógrafos e de suas obras nas mais diversas abordagens.
Olhavê: site que dá destaque à produção nacional na área, também trabalha com a difusão da fotografia e novos talentos.
World Press Photo: entidade holandesa, também organiza prêmio de fotojornalismo.
Magnum: agência internacional fundada por, dentre outros, Henri Cartier-Bresson e Robert Capa.
The Big Picture: o site disponibiliza por temas fotografias de agências de destaque, como Reuters, AFP, Getty Imagens etc.
Have a nice book: a plataforma espanhola oferece vídeos sobre livros de fotografia, que ainda contam com uma trilha sonora!
– Fotógrafas (os) para inspirar:
- Alunas e ex-alunos do Percurso de Fotografia Digital
Ex-futura bióloga que não aguentou o não ser artista. Experimenta o fazer artístico através da fotografia, da performance, do bordado e da instalação. Suas pesquisas são permeadas principalmente com tensionamentos sobre feminino e feminismos entrelaçando-os com questões como impermanência, violência, corpo, cidade, especismo, afetividades e seus desdobramentos.
Atualmente é licencianda em Artes Visuais e integra o grupo de arte e pesquisa LOCAL, sob tutoria de Waléria Américo. Já expôs nas exposições Arrimo (Porto Iracema das Artes), Escorpo (Casa Vândala), Gesto-Tempo (Galeria Leonilson) e Contrastes (Multigaleria -Dragão do Mar). Também compôs as mostras dos seguintes festivais: Fotofestival Solar (Dragão do Mar), Festival Verbo Ver e Festival NOIA (SESC).
Sobre o trabalho
“Trabalho com o auto retrato pois falo de minhas próprias dores e história; só vejo sentido em falar dessas na minha própria carne e corpificando minhas próprias emoções. Minhas pesquisas são um transbordar, um dar vazão a uma inquietação que não cabe em mim e que necessita do olhar do outro; quase como uma erupção que dá para ser vista e ouvida em absurdas distâncias.
Falo das minhas dores do ser mulher, nascida em periferia e que teve que aprender a lidar muito nova com a objetificação e as violências físicas e psicológicas que por estar nesse corpo eu vinha a sofrer. Meus trabalhos sempre falam disso, de como é ser esse ser reduzido a um pedaço de carne, visto como inerte e de fácil dominação. Minhas pesquisas se aproximam um pouco com minha experiência prévia na biologia, trazendo o especismo e urgências ambientais unidos com o feminismo.”
Fortaleza, 1990
Nordestina com formação na Escola Porto Iracema das Artes e outros demais cursos em fotografia, narrativas e poéticas visuais (2017-2019). Estudou Design na Faculdade Integrada do Ceará. Atualmente, desenvolve pesquisa e fotolivro acerca da memória afetiva e intenção fotográfica, processo de edição como autoanálise e catalogação imagética através do projeto “Conto a inquietação de cada gota que me percorre como infiltração”, a partir de acervo próprio produzido em vinte anos. A pesquisa é contaminada pelo interesse em dissidências e vulnerabilidades da mente, pelo corpo e espaço em seus interstícios, sendo passagem e paisagem. Assim também como a fotografia vernacular em seus registros poéticos, ordinários do íntimo e de família.
Exposições coletivas (2018-2019)
– As cidades das mulheres – II Encontro com o Feminino Plural / Unifor – Universidade de Fortaleza, Fortaleza, CE – Brasil
– Miragem – 1ª Edição Solar FotoFestival / Multigaleria do Centro Cultural Dragão donMar, Fortaleza, CE – Brasil
– Itinerância Miragem – 2ª Edição Festival QXas do Sertão Central / Casa de Saberes Cego Aderaldo, Quixadá, CE – Brasil
– Os pensamentos do coração – 2ª Exposição coletiva / Porto Dragão, Fortaleza, CE – Brasil
É graduanda em Teatro no Instituto Federal do Ceará (IFCE) e formada em Fotografia pela Rede Cuca (2018) e escola Porto Iracema das Artes (2019). Iniciou seus projetos dentro da cena teatral, registrando performances e pequenas esquetes. Participou de mostras e exposições com o trabalho de foto-performance “Algoritmo” e a série “Cidade. City. Cité.”
Seu trabalho na fotografia gira em torno de espetáculos teatrais, performances e projetos autobiográficos. Nestes últimos, sua pesquisa fala sobre memórias do corpo e como podemos lidar com dores passadas sem que isso afete nossas relações internas e com o social.
Graduando em arquitetura e urbanismo, é um artista cearense que trabalha com temáticas sobre o corpo negro, gordo, LGBTQ+ e periférico. Utiliza a fotografia como meio de interpretar/revelar/criar vivências, além de tencionar questões sociais. Para isso, busca integrar outras linguagens ao seu trabalho, tais como colagem e audiovisual. Além disso, utiliza as cores como elemento estético de fundamental importância.
Começou sua experiência com fotografia aos 13 anos de idade quando seu pai comprou um celular que possuía câmera. Logo depois passou a fotografar com outro equipamento e somente aos 21 anos procurou um curso de fotografia na Casa Amarela.
Após essa experiência, estudou fotografia e arte contemporânea em diversos cursos/oficinas da Escola Porto Iracema das Artes. A partir de 2016 teve trabalhos expostos em diversas exposições coletivas, como Mostra Cearense de Fotografia Universitária ( 2016,2017,2018 e 2019), Mostra Contrastes do Festival Curta o Gênero, Exposição Miragem no Foto Festival Solar e Festival Verbo.
Atualmente estuda audiovisual na V Turma de realização em audiovisual da Vila das Artes.
Confira o portfólio do artista AQUI.
MUMU
Artista independente da sabiaguaba, artista “transmídia” passeia por várias linguagens artísticas. Palhaçaria, dança, fotografia e audiovisual na página @mumutagem. Na música pesquisa o próprio ser com o soul e o rap, lançou recentemente o mini ep ”mergulho” com parceria de tristezanao. A arte a tira do eixo terreno e a leva para outros lugares onde sua travestilidade a permite unir suas potências artísticas em um só ser, representando váries outres.
@MUMUTAGEM
Sobre o trabalho
Entre o mangue e o mar há uma imensidade de imagens salgadas e doces, retrato o que vejo ao meu redor. Entre o mangue e o mar existem meus trajetos: familiares, alheios e eu: criada no entre. E no entre transito e transexisto descapturando as imagens do meu bairro, sabiaguaba e da minha família.
NB- Ele/Ela/Elu
Fotógrafo, pesquisador e artista visual. Graduado em design de interiores e aluno da escola Porto Iracema das Artes. Mapeia o corpo e suas expressões utilizando fotografia e pintura desde 2016. Entre as linguagens que trabalha tem experimentado criar imagens na poética de sua existência, refletindo o tempo e o espaço em que vive, encontra na expressão artística a possibilidade de permanência/resistência. Tem realizado investigações sobre expressão de gênero e memória. Atualmente é integrante do coletivo non selected/não selecionadas.
Mulher, negra, bissexual, moradora de periferia, artista. Tamara Lopes é formada em Comunicação Social – Jornalismo pela UFC e especialista em Cinema e Audiovisual pela Estácio de Sá. Trabalha com fotografia desde 2012, passeando por vários estilos fotográficos, dentre eles o fotojornalismo, a fotografia de retrato e a cobertura de espetáculos. Durante 3 anos, foi professora de fotografia da Rede Cuca.
Nasci em Fortaleza (CE), tenho 23 anos, sou estudante de Letras (UFC) e fotógrafa que atua na área criativa e documental. Busco experimentar narrativas autorais que mostrem meu jeito de observar o mundo, acreditando no diálogo da fotografia com outras formas de expressão, tais como a literatura e a música. Além disso, comercialmente, costumo trabalhar com cobertura de eventos culturais/sociais e registrar processos de criação. Geralmente, minhas inspirações para construção de imagens surgem a partir de algo que vivi, ouvi ou li. Creio que, seja me autorretrando ou retratando outras pessoas, a fotografia é uma forma de questionar e descobrir a potência dos corpos e da vida.
Portfólio: https://tainavcavalcante.46graus.com/
Iniciou seus estudos com fotografia em 2016, passou pelas principais instituições de formação da cidade, como Rede Cuca, Porto Iracema das Artes, Centro Cultural do Bom Jardim e hoje é aluno do curso de realização em audiovisual na Vila das Artes. Em 2017 começou a estudar audiovisual e cinema, até aqui participou de 9 curtas metragens. Teve contato com a fotografia autoral somente em 2018, participou de algumas exposições coletivas e individuais. Além do trabalho artístico, Yuri Juatama desenvolve um trabalho social na Serrinha no qual possui aproximação com os movimentos sociais e culturais do bairro.
Sobre o Trabalho
“Tenho refletido sobre o ato de fotografar, existe sempre um desequilíbrio de poder entre fotógrafo(a) e retratado(a), daí é um processo singular de cada um lidar com isso, eu busco ter honestidade na minha fotografia. Meus trabalhos sempre partem de mim, seja o meu “eu” singular ou do “eu” que percebo nas outras pessoas, fui convencido de que sou além de um “fazedor” de fotos, sou a própria foto que faço. Quando estou fotografando sinto que estou na minha melhor versão, as vezes nem sei sobre o que quero falar, mas sigo produzindo e testemunhando a história, acaba sendo um processo muito instintivo.
Minha primeira exposição foi na minha comunidade, justamente pela necessidade de mostrar o meu trabalho, até então não haviam espaços para isso, fiz das ruas da Serrinha a minha galeria. Entendo a importância de ocupar espaços, mas também é preciso criar nosso próprio circuito.
Acredito na arte como instrumento de transformação social, espero provocar inspiração nas pessoas, tanto pelo trabalho quanto pela vontade que tenho de viver.”
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SERVIÇO
Fique em casa, por você e pelos outros!
Para saber todas as informações sobre o novo Coronavírus, a acesse https://coronavirus.ceara.gov.br/ ou ligue 24h no 0800 275 1475.
Assessoria de Comunicação – Porto Iracema das Artes | Pedro Victor Lacerda
Publicado em 27/03/2020