Search
Close this search box.

Escola de Formação e Criação do Ceará

Search
Close this search box.
capa-site_8m

Porto Iracema lança lista com referências artísticas para refletir sobre vidas e lutas das mulheres

capa site 8m

Em alusão ao Dia Internacional da Mulher, celebrado na próxima segunda-feira, 8 de março, a Escola organiza mais uma lista temática na campanha Embarcação das Artes

Para refletir e celebrar o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, a Escola Porto Iracema das Artes lança mais uma lista temática de dicas culturais. A ação busca contribuir com a visibilidade de trabalhos e artistas que trazem reflexões ligadas ao gênero feminino. A maioria das indicações culturais está disponível para assistir online, gratuitamente, e traz sugestões das áreas de dança, cinema, artes visuais, música, teatro, fotografia, performance e literatura.

A lista se soma às outras 11 já lançadas no site da Escola, desde março do ano passado, que reúnem dicas culturais postadas também nas redes sociais da instituição. A campanha #EmbarcaçãodasArtes tem como objetivo divulgar artistas e trabalhos diversos, especialmente cearenses, que possam ser conferidos durante o isolamento social necessário para o combate à pandemia de Covid-19.

A lista de hoje, assim como outras lançadas por ocasião de datas especiais, demarca a reivindicação e a luta pela vida e os direitos de mulheres na arte, com trabalhos de artistas que já passaram pela Escola Porto Iracema das Artes ou não.

Confira, a seguir, a lista completa por linguagem artística e temáticas:

Teatro

Onde estavam as travestis durante a ditadura militar?, do Outro Grupo de Teatro

Despejadas, do Grupo Nóis de Teatro

Artes da Proa: DESPEJADAS. Episódio da série Artes da Proa, realizada pelo Porto Iracema das Artes com co-produção da Unifor, sobre o processo do espetáculo Despejadas, do Grupo Nóis de Teatro, que toma como inspiração o livro Quarto de Despejo, de Carolina Maria de Jesus, e relaciona as questões do livro com situações vividas pelas atrizes do grupo. O projeto foi desenvolvido no Laboratório de Teatro 2017.

Olhos que me cercam, de Agatha Manuella

– Registro da apresentação do projeto Boca Amordaçada na Mostra de Artes do Porto Iracema (MOPI) 2018.

AQUELAS que não estão, do Grupo Manada Teatro

“ENTRE NÓS:BUZINAS, CHICOTES E ÁCIDOS”, do Coletivo Arremate

– Entrevista de Jéssica Teixeira sobre o espetáculo E.L.A, primeiro solo da atriz.

“O conto da Mulher-Água”, da Cia CLE – Circo Lúdico Experimental. No 12º Ep. do programa Zona de Criação, do Porto Dragão, a Cia CLE desenvolve um trabalho a partir de um caso de uma mulher que desapareceu e foi encontrada dois anos depois na beira do mangue. Composta por um elenco feminino, a obra coloca a pergunta: o que faz uma mulher desaparecer, assim como desaparecem os rios?

Miolo de Pote: negritude feminina na Tribo Kariri. Apresentação do projeto desenvolvido no Laboratório de Teatro 2019, sobre o lugar da mulher negra na região do Kariri e as potencialidades de “corpos ancestrais”, na Mostra de Artes do Porto Iracema (MOPI).

Coletivo Desvie, coletivo circense formado exclusivamente por mulheres (cis e trans), tendo como mote a pesquisa e experimentação das acrobacias aéreas.

Flutuante Projetos Culturais. É uma produtora cultural criada no ano passado pela artista Juliana Tavares, voltada para a produção e difusão de projetos encabeçados por mulheres.

Cinema

Artes de Proa – Episódio Cinema – Onde não tem casa

Sinopse: Fernanda Mancilla e Emilly Benevenuto enfrentam os desafios de criar seu primeiro roteiro de longa-metragem de ficção, “Onde Não Tem Casa”, sob a orientação dos experientes cineastas brasileiros Karim Aïnouz, Marcelo Gomes e Sérgio Machado. Enquanto as roteiristas preparam uma apresentação pública da história para toda a cidade – um suspense violento sobre o feminicídio cearense –, o apoio e a amizade entre elas são mais fortes do que todas as incertezas do processo criativo

Aula Aberta “Quem tem medo das mulheres no audiovisual”, com Iana Cossoy Paro

Resposta das Mulheres (1975)/ Dir. Agnès Varda

Sinopse: Quando um canal de televisão colocou a pergunta “O que é uma mulher?”, várias cineastas responderam, incluindo Agnès Varda. Este cine-ensaio é uma possível resposta.

KBela (2015) / Dir. Yasmin Thayná

Sinopse: Um olhar sensível sobre a experiência do racismo vivido cotidianamente por mulheres negras. A descoberta de uma força ancestral que emerge de seus cabelos crespos transcendendo o embranquecimento. Um exercício subjetivo de autorrepresentação e empoderamento.

Vida Maria (2007) / Dir. de Márcio Ramos

Sinopse: Uma menina de cinco anos de idade se diverte aprendendo a escrever o nome, mas é obrigada pela mãe a abandonar os estudos e começar a cuidar dos afazeres domésticos e trabalhar na roça.

A hora da Estrela (1985) / Dir. Suzana Amaral

Sinopse: Macabéa é uma imigrante nordestina que vive em São Paulo. Ela trabalha como datilógrafa em uma pequena firma e vive em uma pensão miserável, onde divide o quarto com outras três mulheres. Macabéa não tem ambições, apesar de sentir desejo e querer ter um namorado. Um dia ela conhece Olímpico, um operário metalúrgico com quem inicia namoro. Só que Glória, colega de trabalho de Macabéa, tem outros planos após se consultar com uma cartomante. Adaptação da obra homônima de Clarice Lispector

The Punk Singer – Kathleen Hanna (2013) / Dir. Sini Anderson

Este documentário cru, mas cheio de vigor, convida a percorrer a carreira da cantora e ícone feminista Kathleen Hanna (líder das bandas Bikini Kill, Julie Ruin, Le Tigre) e revela por que uma das fundadoras do riot grrrl (movimento feminista dos anos 90 que abrangia fanzines, festivais e bandas de rock) saiu de cena em 2005. Com bastante material de arquivo, depoimentos de amigos e entrevistas íntimas com a biografada, o filme mostra as batalhas que Hanna travou contra o sexismo, o machismo, a imprensa e a fase final da doença de Lyme. Comprometida com o lema punk “faça você mesma” e coerente com a escolha de ser feminista no discurso e nas apresentações, Hanna influenciou toda uma geração de mulheres roqueiras que não tinham vergonha de se expor e de falar como bem entendessem nas décadas de 90 e 2000 .

De Cierta Manera (1974) / Dir. Sara Gómez

Sinopse: Primeiro longa-metragem dirigido por uma mulher negra em Cuba, a cineasta Sara Gómez. O filme é o único longa-metragem da cineasta e foi finalizado por Tomás Gutierrez Alea e Julio García Espinosa após a sua morte precoce com 31 anos. Através de uma mescla de filmagens documentais, com o roteiro de ficção, aborda os bairros pobres de Havana logo após a Revolução Cubana de 1959. O filme demonstra como demolir favelas e construir assentamentos modernos não muda imediatamente a cultura dos habitantes. Discutindo a questão de classe e raça através de um relacionamento interracial em que questões sobre racismo e machismo constroem uma visão crítica interseccional. O filme não pode ser estreado até 1977, por conta do negativo ter sofrido imperfeições ao passa-lo do formato de 16 mm a 35 mm e teve que ser restaurado na Suécia

Trabalhadores Metalúrgicas (1978) / Dir. Renato Tapajós e Olga Futemma

Sinopse: Um dos tesouros mais valiosos e invisíveis do cinema brasileiro é o conjunto de filmes realizados sob a influência das grandes greves do ABC, no final dos anos 1970. Ainda menos conhecida é a participação feminina nesse processo, que Trabalhadoras Metalúrgicas elege, de forma pioneira, como ancoragem narrativa. Escrito e dirigido por Olga Futemma em parceria com Renato Tapajós, o filme parte da realização de um congresso de mulheres metalúrgicas e é imantado pelas vozes das trabalhadoras, que o convertem em território de expressão.

Música

Ave Eva: Meu corpo aprisionado querendo voar, de Jocasto Britto

EP “Marte é Mulher”, da banda Pulso de Marte (Letícia Monteiro e Nathalia Rebouças), que integrou o Laboratório de Música 2019

“Iara”, videoclipe da faixa que compõe o EP da banda Viramundo, do Laboratório de Música 2020.

Coletivo Girls to the front. Objetiva “fortalecer o protagonismo feminino no underground cearense”  e  cadastra de bandas em processo contínuo. Canal do YouTube.

Coletivo Rebel Women – Reggae feito por mulheres rebeldes.  A mulher na cena reggae cearense.

Festival MANA – Mulheres da Amazônia, a música do Pará produzida e protagonizada por mulheres.

Festival Feminino

Relatório Por Elas Que Fazem a Música, da União Brasileira de Compositores (UBC)

– Women Music Event (WME) – WME Conference – WME Awards 

Plataforma dedicada às mulheres no campo da música. Realiza anualmente uma conferência com mesas de debates, oficinas, shows, com abordagem abrangente da atuação feminina em todas as áreas. E promove também o WME Awards, prêmio para as profissionais em diversas categorias, com uma artista homenageada.

Grupo Mulheres da Música do CE (Whatsapp e Instagram)

Objetivos do grupo: conhecer e aumentar a inserção das mulheres na indústria musical cearense; criação de projetos coletivos e colaborativos; formação de novos grupos e bandas;  criação de uma agenda da música cearense com os editais, festivais etc) como forma de divulgação de projetos artísticos e musicais diversos; troca de serviços.

Donne: Women in Music

Plataforma criada pela soprano brasileira Gabriella Di Laccio reúne compositoras que foram ocultadas na história. É um grande banco de dados com criadoras de todos os gêneros musicais.

Marta Aurélia@martaurelia

Soledad@mulherazulpiscina

Brenna Freire (Orquestra Popular do Nordeste) – @brennafreire

Lorena Nunes – @lorenanunesoficial

Sara Rebeca (Orquestra Transversal) – @sara_flauta

Luiza Nobel – @luizanobel

Victória Andrade, da banda Viramundo – @vic.nomundo

Clau Aniz@clauaniz

Raquel Virgínia, tutora do projeto “Pulso de Marte”, do Lab Música 2019 – @raquelvvirginia

Léa Freire, tutora do projeto Orquestra Transversal – @lea.maritaca

Doriana Mendes, tutora do projeto “Cenas de Ópera” – @dorianamendes56

Mahmundi, tutora do projeto “Arquelano – ainda sou ponto” – @mahmundi

Artes Visuais, Fotografia e Performance 

Núbia Agustinha, artista da Temporada Formativa do Laboratório de Artes Visuais 2019

“Panfletário Sy ou Quando Minha Banda Acabou”, artigo da Revista Desvio assinado por Sy Gomes Barbosa, artista do Laboratório de Artes Visuais 2020-2021, e Natali Carvalho, que integrou a Mostra Poéticas das Águas

“Remissão”, de Marília Oliveira

– Registro da performance “Mulher, fale-me do seu trabalho”, com Sheryda Lopes, na V Feira do Mar do Porto Iracema das Artes

“Uma”, por Kaly

Helena Almeida, artista plástica portuguesa que misturou fotografia, vídeo, performance, escultura, pintura, desenho e colocando seu corpo como protagonista, questionando o feminino e o fazer artístico.

Márcia X, artista plástica brasileira que abordou em seus trabalhos temas como sexualidade, erotismo, consumo, valores sociais e religiosos, discutindo questões estéticas, éticas e políticas.

Feminicído do Luto à Luta, intervenção sobre feminicídio na UFBA. Página do projeto no Facebook.

Dança 

– Espetáculo “Tudo passa sobre a terra”, do projeto Iracema do Lab Dança 2018, com Rosa Primo e direção Clarice Lima.

“233 A, 720 Kahlos”, projeto de Valéria Pinheiro no Laboratório de Dança de 2017.

“Pulso”, de Mylena Braga. Mostra “Modos de Existir” 2019 – Curso Técnico em Dança.

“A Casa”, de Sarah Escudeiro. Mostra “Modos de Existir” 2019 – Curso Técnico em Dança.

“O que move a Alcateia”, Juliana Rizzo. Mostra “Modos de Existir” 2019 – Curso Técnico em Dança.

“Árvore”, de Clarice Lima.

Folharal, de Emily Daltro.

Travessia Mulheril, da Coletiva Mulheril

Leituras, entrevistas e debates 

“Transfeminismo, Resistência e Violações”, com Helena Vieira e Sayak Valencia

Kilombas Podcast, com foco nas discussões raciais, étnicas e ligadas a gênero

Do luto à luta: pelo fim do transfeminicídio, um artigo da Doutora em Sociologia, Berenice Bento.

Mulheres fortalecendo a Lei Maria da Penha – ONU Mulheres Brasil

“Curso Feminismos – algumas verdades inconvenientes”, da plataforma Lúmina da UFRGS:

Diálogos: “Cultura, arte e feminismo”, da TV Unesp

Curso de introdução ao pensamento de Angela Davis, por TV Boitempo e SESC

“Silvia Federici: Feminismo, marxismo e caça às bruxas”, por TV Boitempo

“Feminismo para os 99%”, da TV Boitempo

Patricia Hill Collins explica “Pensamento feminista negro”, na TV Boitempo

As origens comunistas do 8 de março, com Maria Lygia Quartim de Moraes

Entrevista de Clarice Lispector no Programa Panorama, da Tv Cultura

Sinopse: Última entrevista dada pela escritora Clarice Lispector, antes de sua morte, para Júlio Lerner do Programa Panorama, da Tv Cultura. O especial traz ainda depoimentos de admiradores de Clarice.

Entrevista com Agnès Varda e Susan Sontag para o 7º Festival de Cinema de New York

  • Livros feministas para conhecer:

Teoria Feminista: Da Margem ao Centro, de bell hooks
Por Um Feminismo Afrolatinoamericano, de Lélia González
A Potência Feminista ou o Desejo de Transformar Tudo, de Verónica Gago
Pensamento Feminista Brasileiro: Formação e Contexto, de Heloísa Buarque de Hollanda (Org)
Transfeminismo: Teorias e Práticas, de Jaqueline Gomes de Jesus
Pensamento Feminista Negro, de Patricia Hill Collins
Feminismo e Política: Uma Introdução, de Flávia Biroli e Luís Felipe Miguel
Mulheres, Raça e Classe, de Angela Davis
A Criação do Patriarcado, de Gerda LernerFeminismo Para os 99%: Um Manifesto, de Nancy Fraser, Cinzia Arruzza e Tithi Bhattacharya

Equipe de Assessoria de Comunicação Porto Iracema das Artes | Texto: Pedro Victor Lacerda (estagiário) | Supervisão e edição: Raphaelle Batista | Publicado em 08/03/2021