Escola de Formação e Criação do Ceará

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Porto Iracema das Artes participa de homenagem ao artista B. de Paiva no Dia Mundial do Teatro

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B. de Paiva é uma referência do teatro moderno brasileiro e das artes cênicas do Ceará. Ator, poeta, dramaturgo, encenador, historiador, gestor e professor, teve sua trajetória marcada por inúmeros feitos que contribuíram para o fomento do teatro amador e a profissionalização da área. Em tributo a este grande diretor teatral e em celebração ao Dia Mundial do Teatro, o Centro Cultural Bom Jardim, o Centro Cultural Porto Dragão, a Escola Porto Iracema das Artes e o Theatro José de Alencar realizam programação especial no dia 27 de março (segunda-feira).

A ação faz parte de uma rede de homenagens realizada por equipamentos culturais geridos pelo Instituto Dragão do Mar (IDM) em celebração ao Dia Mundial do Teatro, data que visa promover o teatro pelo mundo e incentivar o consumo, a promoção dos trabalhos e a conscientização acerca da importância desta linguagem artística.

A diretora-presidenta do Instituto Dragão do Mar (IDM), Rachel Gadelha, destaca a importância do artista. “Rendemos essa homenagem a B. de Paiva, primeiro como artista, mas também como criador e gestor de espaços para a fruição. Ele, que ousou sonhar outros futuros para a arte no Ceará, missão que se aproxima tanto do propósito do IDM. Reconhecemos a importância da sua participação na fundação da Secult Ceará e do Teatro Universitário, da Universidade Federal do Ceará (UFC), além de ter sido gestor de outras organizações, como a Funarte. E, tudo isso, sem deixar de lado a atividade artística em grupos como Teatro Experimental de Arte e a Comédia Cearense. Ou seja, Paiva esteve de um jeito inovador nos três pilares do nosso campo hoje: formação, criação e gestão”. Consideramos de suma importância que as novas gerações de artistas conheçam e reconheçam os precursores da arte no Ceará” ressalta.

O Centro Cultural Porto Dragão inicia a agenda, às 10h do dia 27, com a inauguração de uma placa em homenagem ao cearense no Teatro B. de Paiva. Na sequência, às 16h, haverá aula-espetáculo biográfica com o ator, diretor e dramaturgo Ricardo Guilherme no Teatro Universitário Paschoal Carlos Magno.

O Theatro José de Alencar segue, às 18h30, no Palco Principal, com um recital reunindo músicas de encenações do diretor homenageado pela voz do tenor Franklin Dantas (opereta “A Valsa Proibida”, de Paurillo Barroso, entre outras composições de Alberto Nepomuceno, Carlos Gomes etc.). Ricardo Guilherme, por sua vez, irá discorrer sobre a trajetória de B. de Paiva e cantar a música-tema da burleta “O Casamento da Peraldiana”, de Carlos Câmara, bem como canções oriundas de peças teatrais dirigidas por B. de Paiva. Às 19h30, a programação finaliza com o grupo Pavilhão da Magnólia no espetáculo “Há uma FESTA sem começo que não termina com o FIM”.

O Centro Cultural Bom Jardim, nos dias 27 e 28, realiza, junto às turmas dos cursos de teatro do Centro Cultural Bom Jardim e do Quintal Cultural Raimundo Vieira, rodas de conversa sobre os dois importantes expoentes da dramaturgia cearense, Marcus Miranda e B. de Paiva. Dialogando sobre a vida dos atores, a ação tem como objetivo o fortalecimento da memória do Teatro no Ceará, buscando ampliar horizontes estéticos, políticos e conceituais com os alunos.

Por fim, a Escola Porto Iracema das Artes publicará às 12h uma vídeo-leitura do “Pranto Segundo”, do poema dramático “Cantochão para uma Esperança Demorada”, de B. de Paiva, por Levy Mota e Maíra Abreu Rocha no Instagram @portoiracemadasartes.

SOBRE B. DE PAIVA
Referência do teatro moderno brasileiro, o diretor teatral cearense B. de Paiva ajudou a fomentar o teatro amador e a profissionalizar a área. Aos 90 anos, em 31 de janeiro de 2023, José Maria Bezerra de Paiva nos deixou uma trajetória bonita e diversa como ator, poeta, dramaturgo, encenador, historiador, gestor e professor.

B. de Paiva liderou o processo de instauração do Moderno Teatro do Ceará, com a criação do Curso de Arte Dramática (1960) e do Teatro Universitário da Universidade Federal do Ceará (1965), núcleos importantes para a formação de inúmeros artistas e técnicos vinculados às artes cênicas. Em Brasília, passou a comandar a Fundação Brasileira de Teatro (FBT), ajudou a fundar o Ministério da Cultura e ocupou cargo gerencial na Funarte. B. de Paiva também foi gestor do Theatro José de Alencar entre os anos de 1960 a 1967, período em que também assinou a produção de espetáculos teatrais do grupo Comédia Cearense e do Teatro Universitário.

SERVIÇO
Rede de homenagens a B. de Paiva no Dia Mundial do Teatro
27 de março, às 10h às 21h30

Programação completa

Centro Cultural Porto Dragão
10h – Instalação da placa nominativa do Teatro B. de Paiva

Teatro Universitário Paschoal Carlos Magno (TUPA)
16h – Aula-espetáculo biográfica com Ricardo Guilherme

Theatro José de Alencar (TJA)
18h30 – Recital com o tenor Franklin Dantas e Ricardo Guilherme
19h30 – Espetáculo “Há uma FESTA sem começo que não termina com o FIM”, do Grupo Pavilhão da Magnólia (100min; 16 anos)
Local: Palco Principal

Escola Porto Iracema das Artes
Postagens das redes sociais de vídeos com leituras, por Levy Mota e Maíra Abreu Rocha, de trechos de escritos de B. de Paiva

Centro Cultural Bom Jardim
A partir das 14h – Roda de Conversa “O Teatro experimental e a Importância de Marcus Miranda e B. de Paiva para a dramaturgia cearense”, nos cursos de Teatro do CBBJ e do Quintal Cultural Raimundo Vieira.