A equipe avalia os projetos aprovados na 1ª etapa a partir de critérios como consistência da proposta, articulação das ideias, viabilidade de realização do projeto e trajetória artística
A Escola Porto Iracema das Artes — instituição da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult) gerida pelo Instituto Dragão do Mar (IDM) — divulga a comissão de avaliação da 10ª edição dos Laboratórios de Criação. O grupo atua na segunda e na terceira fases do processo seletivo dos Laboratórios, a de Avaliação Técnica dos projetos e a Avaliação Final, que prevê entrevistas e audições.
A comissão, indicada pela Escola, é composta por especialistas de cada linguagem artística e avalia os projetos aprovados na primeira etapa a partir de critérios como consistência da proposta, articulação das ideias, viabilidade de realização do projeto e trajetória artística. Esta avaliação ocorre entre os dias 31 de maio e 08 de julho. O resultado preliminar desta etapa de Análise Técnica será divulgado dia 11 de julho.
A 3ª Etapa do processo seletivo, a Avaliação Final, inicia com o agendamento das entrevistas entre comissão avaliadora e os proponentes aprovados na segunda fase. Esse momento ocorre nos dias 21 e 28 de julho. O resultado preliminar desta fase será conhecido no dia 29 de julho.
O resultado final da seleção será divulgado no dia 02 de agosto. Em virtude da prorrogação do prazo de inscrições, outras datas importantes foram alteradas.
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As comissões de avaliação convidadas pela coordenações da Porto Iracema das Artes iniciam os trabalhos em maio, seguindo até o mês de agosto. Elas se debruçam sobre as proposições das pessoas selecionadas.
Confira abaixo quem são as pessoas componentes da comissão avaliadora:
Laboratório de Música
LEILA MARIA
Leila Maria é uma cantora carioca de Madureira com longa carreira e passeia com leveza em ritmos que vão do jazz a mpb. Durante sua trajetória musical, a artista possui no seu currículo um disco premiado, música em trilha de novela da rede Globo e trabalhos com artistas renomados como Paulo Moura, Ed Motta, Luiz Melodia e Maria Bethânia.
Destaque em rede nacional na edição inaugural do The Voice +, em 2021, Leila Maria impressionou a quem ainda não conhecia a voz aveludada, o timbre personalíssimo e o seu notável senso de divisão rítmica. Foi acolhida pelo público e sagrou-se vice-campeã do programa.
Artista da gravadora Biscoito Fino, a cantora se concentra atualmente no lançamento de seu último álbum “Ubuntu”. O disco tem repertório dedicado a obra de Djavan com roupagem musical pautada em ritmos da África e participação de músicos africanos e afro-descendentes.
MONIQUE DARDENNE
Formada em Direito, atua no mercado musical há mais de 15 anos como booker de artistas nacionais, internacionais, gestora de carreiras, pesquisadora e curadora Musical. Foi Label Manager da Plataforma Skol Music, diretora da WebTv inglesa Boiler Room no Brasil, curadora de Música no Centro Cultural São Paulo entre outras funções. Já participou de inúmeras conferências como palestrante no Brasil e as internacionais, ADE – Amsterdam Dance Event na Holanda e CHANGES na Australia.
É Co-fundadora da Plataforma de música Women’s Music Event, que inclui um o SELO IGUAL, um app de profissionais, uma conferência e o WME Awards by MUSIC2, primeiro prêmio de música voltado às mulheres.
RÔMULO FRÓES
Cantor, compositor e produtor paulistano, Romulo Fróes tem em sua discografia, dez discos solos lançados: Calado (2004), Cão (2006), No Chão Sem O Chão (2009), Um Labirinto Em Cada Pé (2011), Barulho Feio (2014), Por Elas Sem Elas (2015), Rei Vadio_ As Canções de Nelson Cavaquinho (2016), O Disco Das Horas (2018), Aquele Nenhum (2021) e Ó Nóis (2021). Com o grupo Passo Torto, do qual faz parte junto a Kiko Dinucci, Rodrigo Campos e Marcelo Cabral, lançou três discos: Passo Torto (2011), Passo Elétrico (2013), ambos premiados no Prêmio da Música Brasileira e Thiago França (2015), este último uma parceria entre o grupo e a cantora Ná Ozzetti. Romulo também lançou um disco em parceria com o cantor e compositor César Lacerda, intitulado O Meu Nome É Qualquer Um (2016). Atuante na cena musical independente, é um de seus principais interlocutores, tendo publicado textos críticos sobre a música brasileira em diversos veículos da imprensa, realizado documentários, trilhas sonoras, curadorias musicais, além de produzir e dirigir discos e shows de outros artistas como Elza Soares, Jards Macalé, Rodrigo Campos, Juliana Perdigão, Clima, Pipo Pegoraro e Cacá Machado. Além das já citadas Elza Soares, Ná Ozzetti e Juliana Perdigão, suas composições já foram gravadas por diversas cantoras como Juçara Marçal, Nina Becker, Jussara Silveira, Mariana Aydar, Mona Gadelha, Laura Aufranc, Tika, entre outras.[
LAB CENA-15 – CINEMA
ARMANDO PRAÇA
É sociólogo e cineasta, nascido em 1978 em Aracati, Ceará. Já trabalhou como assistente de direção, roteirista e treinador de atuação de renomados cineastas no Brasil como Marcelo Gomes, Karim Aïnouz, Márcia Faria, Sérgio Rezende, Halder Gomes e Sérgio Machado. Seus curtas e médias metragens foram selecionados para mais de 30 festivais internacionais, como Clermont-Ferrand, Roterdã, Festival Latino Americano de Toulouse e Mecal de Barcelona, entre eles: “O amor do palhaço” (2005), “A mulher biônica” (2008), “Origem: destino” (2013) e “Parque de Diversões” (2002). “Greta” (2019), seu primeiro longa-metragem, estreou na 69ª Berlinale e foi selecionado para mais de 40 festivais internacionais em todo o mundo. Atualmente, está finalizando seu segundo longa-metragem, Fortaleza Hotel, além de desenvolver os projetos “Ne me quitte pas” e “Cachoeira do descuido”. Desde 2019 é tutor do Laboratório Cena 15 da Escola Porto Iracema das Artes, no Ceará.
MAÍRA OLIVEIRA
É roteirista, dramaturga, escritora e educadora graduada pela UERJ, pós-graduanda em Literatura, Artes e Pensamento Contemporâneo na PUC-RJ, autora dos livros “Mari, a sementinha”, “Que saudade da minha vó!”, de diversas antologias e dos espetáculos teatrais “Yabá: Mulheres Negras” e “Duas Fridas”.
Seu primeiro filme, como diretora e roteirista, “Encruza” após ser selecionado para o 12º Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul entre outros festivais nacionais e internacionais, recebeu o prêmio de melhor filme pelo júri popular do Festival Afronte (2020) e está disponível na Todesplay, onde foi o segundo mais acessado do ano e recebeu o selo Bechdel Wallace.
É professora da Roteiraria e consultora de projetos audiovisuais, tendo atuado nos Prêmios e Laboratórios de roteiro Cabíria, Rota, Serie Lab, Usina do Drama, Fade to Black, Griot, Novos Talentos da Gullane, Curitiba Lab, Panlab, FLUP/Globo e Visões Periféricas, tendo orientado mais de 100 projetos audiovisuais. Foi curadora do BrPlot (2021) e parecerista de editais da prefeitura do Rio de Janeiro e São Paulo de Teatro e Audiovisual.
Assina argumento da série “A Magia de Aruna” da Disney+, onde também foi Roteirista-chefe. Além de ter atuado ativamente no desenvolvimento de mais de 30 projetos audiovisuais, para Globo, Disney+, Canal Brasil, Netflix e outros. É a atual Presidente da Associação Brasileira de Autores Roteiristas (ABRA).
MARIA CLARA ESCOBAR
É cineasta, roteirista e poeta. Dirigiu e escreveu os filmes “Desterro” (2020), com estreia na Tiger Competition do Festival Internacional de Rotterdam, e com lançamento comercial e na Netflix mundial previsto para 2022; e o documentário “Os Dias Com Ele” (2014), onde investiga a vida de seu pai, torturado na ditadura militar, que teve seu lançamento em salas comerciais e também em DVD pelo Instituto Moreira Salles. Maria Clara também escreveu e dirigiu os curtas: “Onde Habito”, do Sesc ConVida, “Passeio de Família”, prêmio Porta Curtas, e “Domingo”, e é co-roteirista dos filmes “Ontem Havia Coisas Estranhas no Céu” de Bruno Risas; e “Histórias Que Só Existem Quando Lembradas” de Julia Murat. Maria Clara trabalha também como consultora de roteiros e montagem e como júri de editais e festivais. Publicou os livros: “Medo, Medo, Medo” – Nosotros, Editorial (2019), “Um Novo Mar Dentro de Mim” – Ed. Quelônio (2021) e “Zonas de Guerra” – Nosotros, Editorial (2022).
LABORATÓRIO DE TEATRO
DODI LEAL
Professora do Centro de Formação em Artes e Comunicação (CFAC) da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), em Porto Seguro. Líder do Grupo de Pesquisa “Pedagogia da Performance: visualidades da cena e tecnologias críticas do corpo” (CNPq/UFSB). Docente permanente do PPGER/UFSB e colaboradora do PPGT/UDESC. Co-coordenadora do GT “Mulheres da Cena” da ABRACE. Realiza estudos e obras artísticas de performance e iluminação cênica, perpassando por ações de crítica teatral, curadoria e pedagogia das artes. Doutora em Psicologia Social (IP-USP) e Licenciada em Artes Cênicas (ECA-USP). Autora do livro de poesia “De trans pra frente” (São Paulo: Patuá, 2017) e dos livros teóricos “LUZVESTI: iluminação cênica, corpomídia e desobediências de gênero” (Salvador: Devires, 2018) e “Pedagogia e Estética do Teatro do Oprimido: marcas da arte teatral na gestão pública” (São Paulo: Hucitec, 2015). Organizou o livro “TEATRA DA OPRIMIDA: últimas fronteiras cênicas da pré-transição de gênero” (Porto Seguro: UFSB, 2019) e co-organizou, juntamente com Marcelo Denny, o livro “Gênero Expandido: performances e contrassexualidades” (São Paulo: Annablume, 2018).
LAÍS MACHADO
Atriz, artista visual, crítica teatral, produtora e feminista, é natural de Salvador-BA, Brasil, onde vive e trabalha. Desenvolve projetos autorais nas artes cênicas, performance-arte, instalação, fotografia e audiovisual. Explorando os limites do corpo atlântico investiga o transe e fluxo como meio de produção de presenças. Em 2017 fundou com o artista Diego Araúja, a Plataforma ÀRÀKÁ, que tem estabelecido conexões entre artistas experimentais negros diaspóricos e africanos. E em 2018 Idealizou e coordenou o Fórum Obìnrín – Mulheres Negras, Arte Contemporânea e América Latina. Criadora e intérprete da peça-ebó Obsessiva Dantesca (2016-2019), participa do cenário profissional das artes cênicas em Salvador desde 2011, tendo participado de inúmeros festivais nacionais. Entre eles o Festival Internacional das Artes Cênicas da Bahia (FIAC – BA), Mostra Internacional de Teatro de São Paulo (MIT-SP), Festival Internacional de Teatro de Belo Horizonte (FIT-BH) e Adelante! Festival Iberoamericano de artes cênicas (Heidelberg/GER).
QUITÉRIA KELLY
Formou-se em Artes Cênicas pela UFRN e é atriz fundadora do Grupo Carmin. No teatro já foi premiada como melhor atriz coadjuvante pelo espetáculo Barra Shopping no Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga em 2005. Recebeu também o Troféu Cultura Potiguar pela atuação nos espetáculos “Pobres de Marré” em 2012 e “Jacy” em 2013, esta última eleita entre as 10 melhores peças de 2015 pelo jornal Estado de São Paulo. Em 2017 dirige sua primeira peça pelo Grupo Carmin, “A Invenção do Nordeste”, espetáculo que já percorreu várias cidades no Brasil e recebeu os principais prêmios do teatro brasileiro como Prêmio Shell de Dramaturgia, APTR de Dramaturgia e Elenco, entre outros.
No audiovisual, suas experiências mais recentes são a websérie de comédia “Dalton/Hebe”, dirigida por Pedro Fiuza e Moniky Rodrigues, e o curta-metragem “Vivi”, dirigido por Catarina Doolan (Melhor atriz na Mostra CineSESC/RN). Na TV a atriz participou da primeira Supersérie da Rede Globo, “Onde Nascem os Fortes”, dirigida por José Villamarim e Walter Carvalho em 2018 e na “Malhação – Toda Forma de Amar”, dirigida por Adriano Melo e Carlos Araújo e com autoria de Emanuel Jacobina.
Atualmente está no elenco da nova peça do Carmin intitulada “Gente de Classe” que tem estreia prevista para setembro de 2022.
LABORATÓRIO DE ARTES VISUAIS
DINHO ARAÚJO
É artista e antropólogo, nascido em Pinheiro, no Maranhão. A partir de mídias como a fotografia expandida e o vídeo, opera com aparições e intervenções no espaço urbano. Atua como curador independente no Chão, em São Luís, com proposições abertas a diálogos e criação de redes através de conversas, oficinas, mostras, exposições, residências artísticas e ações com música e comida.
Com a cena expandida Performance Preta do Brasil (Palco Giratório / Sesc) desenvolveu um processo de pesquisa cartográfica com artistas pretes e indígenas, por meio de visitas, encontros e laboratórios de arte sonora, lambe e performance, em parceria com Elton Panamby.
Artista indicado ao Premio Pipa 2021. Faz parte do coletivo NUPPI – Núcleo de Pesquisa e Produção de Imagem, vinculado ao IFMA e UFMA.
Atualmente, realiza mapeamento artístico no Maranhão junto ao projeto MU.CA – Museu Contemporâneo de Arte.
MARIA ADELAIDE PONTES
Vive e trabalha em São Paulo. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte da Universidade de São Paulo-USP e mestra em artes visuais pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista-UNESP. Curadora de artes visuais do Centro Cultural São Paulo, coordena o edital anual Programa de Exposições do CCSP e exposições do acervo. Projetos curatoriais realizados no CCSP: Na Rota da Missão: 80 anos da Missão de Pesquisas Folclóricas de Mario de Andrade (2018); Arte tem Gênero? Mulheres na Coleção de Arte (2018), Zona de Tensão: Hudinilson Jr. (2016); Arquivo Decio Pignatari: Um Lance de Dados (2015); Obra e documento – Arte/Ação e 3Nós3, (2012), entre outros. Autora colaboradora do livro 3NÓS3: Intervenções urbanas – 1979-1982, Mario Ramiro (org.), ed. Ubu (2017).
PAULETE LINDACELVA
É recifense residindo em São Paulo. Curadora independente, DJ, artista visual e apresentadora, tem sua produção permeada por questões de raça, desobedência de gênero e políticas de afirmação e oralidade.
LABORATÓRIO DE DANÇA
MARIANA PIMENTEL
Nascida em Fortaleza (CE) no ano de 1983, é artista da dança, gestora cultural, curadora e pesquisadora. Especialista em Bens Culturais: Cultura, Economia e Gestão pela Fundação Getúlio Vargas/FGV-RJ com pesquisa em práticas colaborativas no sistema produtivo da dança. Seus trabalhos autorais tratam das relações políticas entre corpo, espaço, identidades e noções de coletividade. Sócia-fundadora da Dos Voos, produtora que desenvolve projetos multilinguagens. De 2012 a 2022 foi analista de artes cênicas do Departamento Nacional do Sesc onde coordenou de forma compartilhada projetos como o Palco Giratório e Sesc Dramaturgias, além de mobilizar, realizar curadorias e consultorias de projetos de dança por todo o país. Vive e trabalha entre as cidades do Rio de Janeiro e Guapimirim.
MARTA CÉSAR
Diretora e curadora do Múltipla Dança – Festival Internacional de Dança Contemporânea de Florianópolis. Bailarina no Balé da Cidade de São Paulo, especialista em Dança Cênica (UDESC), atuou em diversas funções na área cultural, especialmente na área da dança e da música na esfera nacional e internacional. Durante 20 anos no estado de Santa Catarina, desenvolveu funções na área da produção cultural, atividades pedagógicas, acadêmicas e artísticas, atuando também na área política e gestão cultural. Atua como autônoma na formatação e produção de projetos na área cultural e social e como parecerista em projetos culturais municipais, estaduais e nacionais em São Paulo.
ROSANGELA COLARES
É doutora e mestra em artes pela Universidade Federal do Pará, instituição onde cursou licenciatura e o Curso Técnico em Dança. Integrante fundadora do grupo artístico “Coletive Umdenós” que desenvolve pesquisas e poéticas voltadas para a construção de epistemologias das danças na Amazônia. É integrante do NACE, Núcleo de Arte, Cultura e Educação na Semec – Belém.
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SOBRE A PORTO IRACEMA DAS ARTES
A Porto Iracema das Artes é a escola de formação e criação em artes do Governo do Estado do Ceará, instituição da Secretaria da Cultura (Secult) gerida pelo Instituto Dragão do Mar (IDM). Criada em 29 de agosto de 2013, há oito anos desenvolve processos formativos nas áreas de Música, Dança, Artes Visuais, Cinema e Teatro, com a oferta de Cursos Básicos e Técnicos, além de Laboratórios de Criação. Todas as ações oferecidas são gratuitas.
SERVIÇO
O quê: Porto Iracema das Artes divulga comissão de avaliação da 10ª edição dos Laboratórios de Criação
Confira o cronograma completo do processo seletivo AQUI
Equipe de Assessoria de Comunicação do Porto Iracema das Artes | Texto: Marina Solon (jornalista) | Publicado em 30 de maio de 2022
