Escola de Formação e Criação do Ceará

Marcelo Soler - foto de André D’Ugo

Porto Iracema das Artes debate Teatro Documentário com diretor Marcelo Soler

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Soler é diretor, pedagogo do teatro e arte-educador. No encontro, ele vai abordar os fundamentos e o diferencial de uma proposta de documentário em teatro. Evento acontece na sexta-feira, 14, às 19h30min, no YouTube da Escola

O Porto Iracema das Artes realiza na sexta-feira, 14 de maio, um encontro com o diretor, pedagogo do teatro e arte-educador Marcelo Soler, que é tutor do projeto “Chorume: laboratório em teatro documentário”, desenvolvido pela da Cia Ortaet, de Iguatu, na atual edição do Lab Teatro. A live ”Um caminho em Teatro Documentário: possibilidade de trabalho com viés artístico-pedagógico” ocorre no YouTube da Escola, às 19hh30min.

Por meio de exemplos de encenações assinadas por Marcelo Soler na Cia. Teatro Documentário, de São Paulo, serão apresentados os fundamentos e o diferencial de uma proposta de documentário em teatro. O processo de documentação e a cena construída a partir de ou com documentos surgirão como pressupostos do fazer e do pensar documental. ”Vou falar sobre meu trabalho como diretor da Cia. a partir de exemplos daquilo que eu, junto com o grupo, construímos em teatro documentário, a gente vai apresentar um caminho possível de trabalho”, explica o artista.

A discussão parte da tese de doutorado de Soler, defendida em 2015. Nela, o diretor fala sobre uma área de realização, pensamento e reflexão em Teatro que denomina Campo do Teatro Documentário. ”Eu trago o que chamo de três fundamentos básicos para o Teatro Documentário: intencionalidade em documentar, trabalhar com e sobre documentos em cena e o estabelecimento do pacto documental”, detalha.

Marcelo é tutor do projeto “Chorume: laboratório em teatro documentário”, que vem sendo desenvolvido pelos artistas Cleilson Queiroz, Carla Morais, José Filho, Aldenir Martins, Betânia Lopes, Ronald Bezerra, Marcos Bandeira, Francielio Silva e Angélica Braga.

Sobre Marcelo Soler

 

Marcelo Soler foto de Andre DUgo
Foto de André D’Ugo.

Diretor e pedagogo teatral, possui doutorado e mestrado em artes cênicas pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) – onde realizou ambas pesquisas em torno do campo do Teatro Documentário – Graduado em Artes Cênicas _ ECA/USP (foi laureado por excelência acadêmica na instituição) e em Comunicação Social pela Faculdade Cásper Líbero. É professor universitário no Departamento de Artes Cênicas (ECA/USP) na área da pedagogia Teatral, na Faculdade Cásper Líbero e na Faculdade Paulista de Artes (FPA) na qual além de responsável pelas disciplinas Direção Teatral I e II coordena o curso de Graduação de Licenciatura em Teatro na FPA.

Integrou o Instável Núcleo de Estudos de Recepção Teatral (INERTE) coordenado pelo Prof. Dr. Flávio Desgranges. Atuou como analista pedagógico do Usina Teatral Sesc Pernambuco- Recife (agosto de 2017). Membro fundador e diretor da Cia. Teatro Documentário.

Dirigiu e escreveu as seguintes encenações: “Terra de Deitados – documentário cênico sobre a vida e a morte na grande cidade” (Contemplado pela Vigésima Quinta edição da Lei de Fomento para a Cidade de São Paulo – Cemitério da Vila Mariana, 2016), “Terrenos” (Contemplado pela Vigésima Terceira edição da Lei de Fomento para a Cidade de São Paulo – Cemitério da Vila Mariana – 2016; Circuito Tusp 2016 e Proac/SP 2015) “Esse Vasto Terço de Nosso Belo Reino – documentário cênico sobre uma rua paulistana” (Contemplado pela Décima Nona edição da Lei de Fomento para a Cidade de São Paulo – Rua Maria José no bairro da Bela Vista, 2013/2014), “Pretérito Imperfeito – documentário cênico” (Contemplado pela Décima Sexta edição da Lei de Fomento para a Cidade de São Paulo – Casa do Teatro Documentário – 2010/2011/2012); “Con- sumindo 68 – teatro documentário” (Mostra Rebeldes e Utópicos/SESC Consolação, Espaço Parlapatões – 2008); “Onishi não pode dançar” (Casa da D. Yayá/CPC-USP – 2008); “De como Frank Sinatra me emociona ou O açougue” (Sala Crisantempo e Espaço Pulsarte – 2007); “Cor de rosa ou Por que é preciso estourar bexigas?” (Teatro Irene Ravache e Teatro Júlia Bergman – 2006/2007). Com “Onishi não pode dançar”, a convite de Yoshito Ohno, apresentou a encenação no Japão no Kazuo Ohno Dance Studio, com o apoio do Ministério da Cultura.

Com “Consumindo 68 – teatro documentário” fora considerado “um dos quatro grupos jovens” da cidade de São Paulo pela Revista da Folha (Domingo, 31 de agosto de 2008) como “dignos de aplausos”. Com “Terra de Deitados – documentário cênico sobre a vida e a morte na grande cidade” recebeu o prêmio Colar Guilherme de Almeida da Câmara Municipal (dezembro de 2016). Lançou pela Editora Garçoni com o apoio da Secretaria Estadual da Cultura do Estado do Paraná “Quanto Vale um Cineasta Brasileiro?”, livro/documentário sobre a vida e obra do cineasta Sérgio Bianchi e publicou pela Editora HUCITEC o livro “Teatro Documentário: a Pedagogia da Não Ficção”. Entre os artigos publicados destacam-se: “A Desconstrução de Estereótipos” e “Preconceitos em Sala de Aula a partir da prática Teatral” (Educere ET Educare/UNIOESTE), “O Espectador do Teatro de Não Ficção” (Sala Preta/ECA/USP) e “Encenação: Espaço Possível para a Aprendizagem do Espectador” (Revista Trama Interdisciplinar/ Universidade Mackenzie).

Sobre a Escola

O Porto Iracema das Artes é a escola de formação e criação em artes do Governo do Estado do Ceará, ligada à Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, sob gestão do Instituto Dragão do Mar (IDM). Criada em 29 de agosto de 2013, há sete anos desenvolve processos formativos nas áreas de Música, Dança, Artes Visuais, Cinema e Teatro, com a oferta de Cursos Básicos e Técnicos, além de Laboratórios de Criação. Todas as ações oferecidas são gratuitas.

SERVIÇO

O quê: Porto Iracema das Artes debate Teatro Documentário com diretor Marcelo Soler
Quando: 14 de maio, sexta-feira, às 19h30min
Onde: YouTube da Escola
Evento online e gratuito

 

Equipe de Assessoria de Comunicação do Porto Iracema das Artes | Texto: Gabriela Feitosa (estagiária) | Supervisão e edição: Raphaelle Batista | Publlicado em 06/05/2021