Dentre as atividades de festa dos 03 anos do Porto Iracema das Artes, nesta quarta-feira (10) o pátio interno da escola recebe o Pocket Show: A mulher barbada e os caixeiros viajantes, às 18h30.
Conheça o grupo:
A Mulher Barbada e os Caixeiros Viajantes surgiu de um passatempo. Da curiosidade sobre os novos sons que a nova geração de músicos brasileiros estão propondo, das antropofagias e das mixórdias da nova e da velha MPB.
Do novo que se alimenta do antigo, do que é atemporal nas linhas do tempo. O que pode surgir do encontro entre Reginaldo Rossi, Tiago Petit e Caetano Veloso? E quais sons podem ser trocados entre os versos de tantos outros de tantas décadas de diferença?
Em abril de 2014, unimos nossos desejos e curiosidades. Uma banda formada por músicos de gerações e gostos distintos, que se utiliza das disparidades para encontrar um som em comum. Com um clima de Rock de Cabaré, com notas de brega, de clássicos e de juventude transviada, trazemos no nosso som uma característica autoral, que cria pontes com as nossas experiências artísticas e com as nossas próprias composições.
Como atores que também somos, apostamos na performatividade teatral do nosso show, com a presença da Mulher Barbada nos vocais. A Mulher Barbada é uma figura andrógina e misteriosa, teatral, que fala dos amores de forma dúbia e universal. Do bem-querer e do não-querer. Do ficar e do se ir. A mistura do feminino e masculino, aliada ao mito das mulheres barbadas, circenses, leva o trabalho da banda para lugares desafiadores e particulares. Para o público, não é levada apenas uma imagem que passeia pelos gêneros, mas também uma voz que fala de todos os amores para todos
A nossa viagem passa por dois caminhos criativos e o resultado – o da composição das músicas autorais e o da apropriação de canções de outros artistas que falam do que acreditamos. É um show múltiplo, no qual tudo, no final das contas, é reinvenção. Bebemos de Adriana Calcanhoto, Tiago Petit, Ray Charles, Nelson Gonçalves, Johnny Hooker, Reginaldo Rossi, Martinho da Vila, Belchior, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Raça Negra. O que nos move é a memória emotiva. Dessa forma, apostamos no olhar peculiar lançado sobre cada uma das composições escolhidas. Assim se compõe a Mulher Barbada e os Caixeiros Viajantes no seu primeiro show, Canções Para Uma Madame.