Escola de Formação e Criação do Ceará

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PJ Brandão: contador de histórias

737193_574416172624391_278475193_oPedro José Arruda Brandão é formado em Publicidade e Propaganda pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Roteirista, PJ Brandão trabalha com quadrinhos, webwriting e social media, além de dar aulas de roteiro e escrita criativa. Na Escola Porto Iracema das Artes, ministra o Curso Básico de Histórias em Quadrinhos I – Roteiro.

Entretanto, sua relação com os quadrinhos e o trabalho com a arte vem desde a época da faculdade. Foi bolsista da Oficina de Quadrinhos, projeto de extensão do curso de Comunicação da UFC, e, depois de formado, ministrou diversas oficinas sobre criação de histórias no cinema e nos quadrinhos. Já deu aulas na Vila das Artes e em outros equipamentos culturais da cidade e de outros municípios, como Aquiraz.

Sobre a necessidade de desenhar para fazer quadrinhos, Pedro ressalta que as possibilidades vão além do desenho: “Você pode ter seu traço particular, sem tanta complexidade, mas se quiser desenhos mais elaborados você pode fazer parcerias”, explica. “Saber desenhar ajuda, mas de forma alguma impede alguém de fazer quadrinhos”, conclui o professor.

Pedro não gosta de dizer que é formado em publicidade, mas que se formou como quadrinista. Ao ser chamado para dar aulas no Porto Iracema, diz que o próprio convite já legitima os quadrinhos como uma arte, classificação que considera importante. “Quadrinhos são geralmente vistos como entretenimento, como se entretenimento não pudesse ser arte. Quando uma escola de artes te chama para dar aula de roteiro para quadrinhos, isso é excelente, é o primeiro passo para criar um mercado”, declara.

Segundo o roteirista, o potencial do mercado quadrinístico tem crescido de forma significativa. “As livrarias e bancas têm recebido cada vez mais quadrinhos de autores brasileiros, além dos já consagrados japoneses e americanos. Isso mostra que cresceu o número de leitores e não se pode negar que a força do mercado nacional é grande”, argumenta Pedro.

Para ele, é preciso reconhecer as potencialidades da linguagem dos quadrinhos. “Assim como o cinema e a literatura, é uma ótima forma de contar histórias. Ainda é pouco explorada, deixada em segundo nível. Mas se juntarmos as possibilidades de criação e o crescimento do mercado, não tem como dar errado”, explica o quadrinista.