Nesta quarta, dia 14, acontece a Palestra-Demonstração “A dança do que somos”, com Helder Vasconcelos , às 19h, no CENA 15. Ele é tutor do projeto “Ibirapema, o Forró Que Eu Faltei”, do Laboratório de Dança.
“Música, dança e teatro são partes de um mesmo fazer. É assim no Cavalo Marinho e no Maracatu Rural, tradições da Zona da Mata Norte de Pernambuco, de que participo desde 1992 e às quais credito minha formação de artista. É onde aprendi o que chamo de um jeito de fazer. Um jeito de fazer que é fundamentado por alguns princípios, tais como a relação com a pulsação, repetição, superação e retroalimentação de energia, que a natureza como um todo também utiliza para o seu funcionamento. Por isso, um fazer que segue esses princípios nos conecta à nossa natureza e nos permite expressar a dança do que somos, já que toda e qualquer pessoa pode fazer música, dançar ou fazer teatro, porque música, dança e teatro são atributos do ser humano”.
Esta palestra é sobre esses princípios e como podemos utilizá-los em qualquer atividade, não só música, dança e teatro. É também um convite para olharmos pra dentro, pro nosso próprio corpo, e nos relacionarmos com o mundo a partir dele.
Helder Vasconcelos é músico, ator e dançarino, formado nas tradições do Cavalo Marinho (teatro popular, tradicional da Zona da Mata Norte de Pernambuco) e do Maracatu Rural (cortejo ligado ao carnaval pernambucano). É um dos fundadores do grupo musical Mestre Ambrósio, com quem trabalhou por onze anos, tocou nos principais palcos no Brasil e no exterior e gravou três cds. Estuda a arte do ator com o grupo Lume Teatro, de Campinas-SP. Desse contato surgiu a direção de sua primeira montagem teatral, “Espiral Brinquedo Meu”, assinada por Carlos Simioni, Renato Ferracini e Ana Cristina Colla. Seu segundo solo, “Por Si Só”, foi contemplado pelo “Projeto Rumos de Dança Contemporânea” do Instituto Itaú Cultural e dirigido por Armando Menicacci, especializado em dança e novas tecnologias. Participou de festivais e projetos de dança, teatro e música no Brasil, Europa, Estados Unidos e Japão. Fez sua estréia no cinema no longa-metragem “O Homem que Desafiou o Diabo”, no papel do “Cão Miúdo”, e está em processo de filmagem do longa “A Luneta do Tempo”, de Alceu Valença. Coordena atualmente, em Recife-PE, um grupo de pesquisa, ensino e criação em artes cênicas.
