Search
Close this search box.

Escola de Formação e Criação do Ceará

Search
Close this search box.
Jun Cascaes-Foto:Bruno-Rodrigues

Jun Cascaes fala sobre tutoria de ‘Agbênça’, projeto do Laboratório de Dança que analisa a relação entre o corpo e o instrumento musical agbê

Fotos Bruno Rodrigues 38

(Foto: Bruno Rodrigues)

Jun visitou a Porto Iracema das Artes para dar início ao processo de mentoria

Dançarine e pesquisadore da cultura popular brasileira há mais de duas décadas, Jun Cascaes é tutore do projeto de dança “Agbênça”, um dos selecionados para a 12ª edição dos Laboratórios de Criação da Porto Iracema das Artes – Escola de Formação e Criação do Ceará que integra a Rede Pública de Equipamentos da Secretaria de Cultura do Ceará (Rece), gerida em parceria com o Instituto Dragão do Mar. Para dar início à mentoria, Cascaes esteve na instituição entre os dias 17 e 19 de outubro.

Elaborado por Jéssica Cruz em parceria com Ruth Andrade, Caroline Holanda, Jéssica Andrade e Vic Andrade, o “Agbênça” investiga, por meio da dança, a relação entre o corpo e o agbê, instrumento musical de origem africana, composto por uma cabaça revestida com uma rede de miçangas. A pesquisa chamou a atenção de Cascaes, conhecide por desenvolver coreografias utilizando o objeto.

“Eu já conhecia a Jéssica [Cruz], ela fez aula virtual comigo e também já tem uma relação com o agbê. Então, quando teve o chamado dela para essa pesquisa, eu falei: ‘é isso mesmo, é comigo’. Mas acho que a proposta da Escola também [me convenceu], o jeito de trabalhar, os espaços que a gente pode atuar, são muitas possibilidades”, conta elu.

Fotos Bruno Rodrigues 33

(Foto: Bruno Rodrigues)

Projeto “Agbênça” investiga relação entre o corpo e o agbê por meio da dança

Sobre a experiência de tutoria nos Laboratórios de Dança, Jun explica que o processo tem proporcionado trocas proveitosas entre mentore e orientanda, que tem explorado a influência do som produzido pelo instrumento africano na dança. 

“Como a Jéssica já tem uma relação com o agbê, estamos nos aprofundando [no tema]. Todos os encontros têm muita bagagem, são muitas coisas que acontecem. Todas as propostas são muito exploradas, não fica ali no raso. Então, o que estamos explorando, de movimento e som, está bem diverso”, afirma Cascaes.

Elu ainda destaca a importância de projetos como os Laboratórios de Criação na construção de uma relação entre os artistas e o público.

“Acho que é importante ter esse intercâmbio [entre artistas e comunidade] porque, às vezes, as pessoas acompanham a gente virtualmente, mas é custoso [encontrar pessoalmente]. Então, hoje mesmo, eu encontrei pessoas que acompanham o meu trabalho. A escola, ao proporcionar isso [esse encontro], atinge a comunidade indiretamente, acaba tendo essa troca”, finaliza.

Via Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), os Laboratórios de Criação da Porto Iracema das Artes contam com Patrocínio Master da Nubank e Patrocínio da Cagece.

Saiba mais sobre o ‘Agbênça’

O “Agbênça” é uma pesquisa de criação em dança que pretende elaborar estruturas cênico-coreográficas ancoradas na fisicalidade da relação entre corpo e objeto, e em processos de visualidade sensorial.

O objeto elegido para este processo é o instrumento musical agbê, o que adiciona uma camada de atravessamento investigativo no campo da música percussiva e nas narrativas da cultura popular afro-brasileira e indígena onde ele está inserido.

Assessoria de Comunicação Porto Iracema das Artes | Texto: Isabella Rifane | Supervisão e Edição: Gabriela Dourado (jornalista) | Publicado em 04 de novembro de 2024