Por Lua Latorre
Antônio Jackson Alves Rodrigues, 27, fala sobre sua trajetória na dança e o percurso que está trilhando na escola Porto Iracema das Artes, onde mergulha nos ensinamentos teóricos e práticos do Curso Técnico em Dança (CTD)
O amor de Jackson Rodrigues pela dança vem desde cedo. Ainda criança, quando o fortalezense se mudou com a família para o município de Horizonte (região metropolitana), foi nas aulas de hip hop do Centro Cultural Tasso Jereissati que ele começou a dar os primeiros passos como dançarino. Mas o interesse pela dança não veio daí. Ele conta que a influência da mãe, Maria Solange, que praticava dança de salão, foi fundamental para dar a ele o impulso de entrar nesse universo artístico.
A curiosidade e a vontade de aprender mais o estimularam a estudar outros estilos de dança. De aula em aula, o jovem bailarino foi se capacitando e ganhando experiência. Junto com o desejo de aprender veio a vontade de ensinar. Assim, no mesmo local que o recebeu criança, veio a oportunidade de se desenvolver como profissional, ao tornar-se professor de dança dos jovens que participavam do centro cultural.
O bailarino acredita que o estalo para tornar a dança como profissão aconteceu quando começou a observar a montagem do espetáculo “Vozes Nagô”, dirigido pela coreógrafa Valéria Pinheiro. Percebendo o interesse, Valéria começou a ensiná-lo o caminho de produção de espetáculos e dança.
Foi a artista cearense que o trouxe de volta para Fortaleza. A sua vinda lhe deu a oportunidade de frequentar outras vertentes, como a dança africana e o jazz. A partir disso, Jackson começou a montar coreografias para diversos espetáculos em academias de dança para festivais e competições. Essa trajetória o levou até a ganhar bolsa de estudos para estudar a técnica proposta por Jennifer Miller, na Suíça, muito mais longe do que ele poderia imaginar no início de tudo.
A formação no Curso Técnico em Dança
A urgência em aprofundar seu conhecimento, após a volta do país europeu, o fez sentir a necessidade de se profissionalizar. É assim que Jackson descobre o Curso Técnico em Dança do Porto Iracema das Artes, onde hoje ele compõe a sexta turma. “Estar no CTD hoje é uma forma política de resistir, de viver, e de mostrar que temos muito capacidade de realizar o nosso trabalho”, diz.
Para não perder nenhuma das aulas diárias do curso, é preciso determinação, coisa que não falta a Jackson. A rotina é puxada: acorda diariamente às 6h, sai de casa no bairro de Mondubim até o Porto Iracema das Artes, na Praia de Iracema, de onde segue para dar as aulas. E é nelas, seu ganha-pão, que ele também encontra seu fazer artístico. Mais do que sacrificante, o dia a dia de quem busca viver de arte, especialmente de dança, é motivo de orgulho e de muitos sorrisos.
Confira a seguir a história de Jackson Rodrigues contada por ele:
Assessoria de Comunicação Porto Iracema das Artes
Publicado em 23/11/2018