DE UMA DIVA PARA UMA DIVINA é uma pesquisa desenvolvida pela artista travesti caririense Diva D´brito, que deseja, junto à tutoria de Divina Valéria, desenvolver a criação de uma dramaturgia/roteiro de um show-espetáculo tendo como homenageada a própria tutora, artista travesti pioneira do Brasil. Davi é um anagrama da palavra Diva, e Divina é quase um sinônimo do nome Diva. Do desejo surge um sentimento de mestra para discípula, laborando números teatrais com textos, música, dança, performances e canções do universo das atrizes ainda presentes Divina Valéria, Camille K., Fujica de Holliday e Eloína dos Leopardos.
Artistas: Diva D’Britto, Paulo Andrezio e Penha Ribeiro
Tutora: Divina Valéria (RJ)
DIVA D’BRITO Travesti negra; artista caririense; atriz-cantora, professora e dramaturga. Licenciada em Teatro pela Universidade Regional do Cariri (Urca, 2019), Regente em Música, tem experiência na área de Artes, com ênfase em Teatro. Integrante do Coletivo Dama Vermelha. Foi bolsista nos projetos – Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (2014- 2016), Iniciação Científica – O Estudo do Cômico Cearense (2016-2018).
PAULO ANDREZIO Quadrilheiro e produtor cultural; mestrando no Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Bolsista na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia; graduado em Licenciatura em Teatro; bacharel em Administração; integrante do Coletivo Dama Vermelha desde 2016, e do grupo Ocupações Artísticas da Cidade desde 2017.
PENHA RIBEIRO Mulher negra caririense, artista-professorapesquisadora e figurinista, formada no Curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Regional do Cariri (Urca). Figurinista-atriz-performer-encenadoraintérprete-criadora no Coletivo Dama Vermelha.
TUTORA: DIVINA VALÉRIA (RJ) Da era de travestis lendárias que enfrentaram a perseguição da ditadura militar, Divina Valéria conquistou lugar de respeito junto às “Divinas Divas”, cuja história foi registrada no aclamado documentário de Leandra Leal. Cantora virtuosa, já se apresentou internacionalmente na França, Japão, Argentina e Uruguai, entre outros lugares do mundo. Desde quando surgiu em 1964 no “Les Girls” ao lado de Rogéria, transformou-se em uma lenda dos tablados, sempre com sua voz precisa e aveludada, além de marcante interpretação. Em 2020, viveu momento icônico no espetáculo Divinas Divas, no Theatro Municipal de São Paulo, ao lado das veteranas Jane Di Castro, Eloína dos Leopardos, Camille K. e as da geração seguinte, Divina Nubia e Marcia Dailyn. Com 78 anos, Divina Valéria é uma das mais importantes artistas LGBTQIA+ da história do Brasil.