Escola de Formação e Criação do Ceará

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Curtas-metragens de Lincoln Péricles serão debatidos em nova sessão do Cineclube Âncora

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Still do “Filme de Domingo” (2020).

Esta será a terceira edição da mostra “Fabulações no real”. Além do diretor, também participam do bate-papo os pesquisadores de cinema Izabel Cruz Melo, Leon Reis e Kamilla Medeiros

Três curtas-metragens serão discutidos na próxima edição da Mostra Fabulações no Real, do Cineclube Âncora, que vem trazendo cineastas e pesquisadores para pensar sobre os limiares do cinema do real. Nesta nova sessão, o diretor, roteirista e montador, Lincoln Péricles falará sobre o tema a partir de suas produções “Ruim é ter que trabalhar” (2015), “Aluguel: o filme” (2015) e “Filme de domingo” (2020). O debate acontecerá na próxima terça-feira (6), a partir das 18h, pelo Youtube e Facebook do Porto Iracema das Artes.

Também educador, Lincoln nasceu e cresceu no bairro do Capão Redondo, periferia de São Paulo, onde desenvolveu seu próprio trabalho e onde se dedica a processos autônomos de educação em cinema. Suas produções circulam em cineclubes e coletivos periféricos, banquinhas de camelô, vielas e, eventualmente, em festivais nacionais e internacionais. Em fevereiro deste ano, teve seu trabalho destacado pela Cahiers du Cinéma, considerada a maior publicação de cinema do mundo, que descreve sua obra como “um cinema longe do imaginário ligado às favelas, que inventa sua própria forma, áspera e necessariamente imperfeita, entre intervenção e arquivo visual do bairro”.

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Still do filme “Ruim é ter que trabalhar” (2015).

Os curtas serão disponibilizados previamente, a partir de domingo, dia 4. Para assistir, basta fazer a solicitação do link por meio de um formulário disponível AQUI. Após a inscrição, verifique o recebimento da confirmação na caixa de entrada ou de SPAM do seu e-mail.

Além do cineasta, também participam do debate o diretor e roteirista do filme “Cartuchos de Super Nintendo em Anéis de Saturno” (2018), Leon Reis, a doutora em Meios e Processos Audiovisuais pela ECA/USP, Izabel Cruz Melo e a curadora e mediadora da Mostra, Kamilla Medeiros.

Iniciada no dia 8 de setembro, a “Mostra Fabulações no Real” seguirá até o mês de dezembro, promovendo encontros entre diretores e pesquisadores de cinema para discutir filmes brasileiros lançados desde o início dos anos 2000.

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Still do filme “Aluguel: o filme” (2015).

Sobre os curtas

RUIM É TER QUE TRABALHAR

Sinopse:
Alguns dias antes da copa do mundo no Brasil, um operário reflete sobre seu trabalho.

Produção, roteiro, direção, montagem, fotografia, captação e finalização de som: LINCOLN PÉRICLES
Roteiro, atuação e fotografia: ADRIANO ARAUJO

ALUGUEL: O FILME

Sinopse:
A reunificação pacífica não acontecerá.

Produção, roteiro, direção, fotografia, montagem, finalização de som: LINCOLN PÉRICLES
Atuação, roteiro: FELIPE TERRA
Som direto, roteiro: BRUNO MARRA

FILME DE DOMINGO

Sinopse:
Um tio babão, uma mãe zika e uma criança artista.

Produção, roteiro, direção, fotografia, montagem, captação e finalização de som: LINCOLN PÉRICLES
Atuação, roteiro: Francineide Bandeira Isaú
Atuação, roteiro: Adriano Araujo
Atuação: Maria Eduarda Isaú
Fotografia: Ronaldo Dimer

Sobre Lincoln Péricles

perfil lincolnpericles

Nasceu e mora no bairro do Capão Redondo, periferia de São Paulo. É diretor, roteirista, montador e educador, somando mais de doze anos trabalhando com filmes produzidos em sua quebrada, que circularam entre cineclubes e coletivos periféricos, banquinhas de camelô, becos e vielas, e eventualmente em festivais nacionais e internacionais. Em fevereiro de 2020 teve seu trabalho destacado pela Cahiers du Cinéma, considerada a maior publicação de cinema do mundo, que descreve sua obra como “Um cinema longe do imaginário ligado às favelas, que inventa sua própria forma, áspera e necessariamente imperfeita, entre intervenção e arquivo visual do bairro”. O cineasta também dedica-se desde o início da sua trajetória à processos autônomos de educação em cinema, acreditando na independência e autonomia do audiovisual periférico em relação ao cinema colonial brasileiro; atualmente faz parte da organização da Escola Popular de Cinema do Capão Redondo, iniciativa em diálogo e gestação com coletivos e pessoas que fazem audiovisual nas periferias de São Paulo. É membro dos coletivos de produção “Rango de Classe” e “ZICAA”; além de estar a frente da impulsionadora “Astúcia Filmes”; e do “Ayni Studios”, estúdio de finalização de áudio para cineastas de quebrada.

Sobre Izabel Cruz Melo

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Doutora em Meios e Processos Audiovisuais pela ECA/USP. Professora da UNEB, pesquisadora associada da Filmografia Baiana, integrante dos Grupos de Pesquisa “História e Audiovisual: circularidades e formas de comunicação” (ECA/USP) e “Cinema, História e Educação: teoria e mediação pedagógica” (UNEB). Autora do livro “Cinema é mais que filme”: uma história das Jornadas de Cinema da Bahia (1972-1978), (BA, EDUNEB,2016), além de outras publicações em livros e revistas. Também colabora com festivais, participando de curadorias e júri. Têm interesses de pesquisa vinculados à história e historiografia do cinema, sociabilidades, cineclubismo, festivais de cinema e formação.

Sobre Leon Reis

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Leon Reis é formado em audiovisual na Escola de Audiovisual da Vila das Artes em Fortaleza-Ce. Um dos idealizadores e curadores da Mostra Negritude Infinita realizada em 2017 no Edital Telas Abertas na Vila das Artes, no Programa de Ocupação do CCBJ, e com II edição realizada pelo edital da TAC (Temporada de Arte e Cultura) do Dragão do Mar em 2019. Diretor e roteirista do filme Cartuchos de Super Nintendo em Anéis de Saturno (2018). Professor de teorias narrativas com trabalhos de orientação no ateliê de prod. da Escola de Audiovisual da Vila das Artes em Novembro de 2019, Professor do Ateliê de Prod. Audiovisual no CCBJ também em 2019, e Júri convidado no Festival internacional Drunken Film Fest em Oakland-Califórnia em 2020. Continuísta, trabalhou recentemente na série de tv de Roberta Marques: Meninas do Benfica como Assistente de Continuidade. tradutor, e pesquisador do trabalho de Oscar Micheaux.

Sobre Kamilla Medeiros

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Pesquisadora de cinema, realizadora e cineclubista. É formada em Comunicação pela Universidade Federal do Ceará e em Audiovisual pelo curso básico do Porto Iracema das Artes. Dirigiu o curta-metragem “Capitais” de 2018, premiado com o Candango de Melhor Filme no II FestUni durante o 51º Festival de Brasília. Dedica-se aos estudos sobre documentário brasileiro e cinema de fabulação. Entre 2019 e 2020, organizou mostras cineclubistas, entre elas: “Acasos, memórias & destinos no documentário brasileiro: um encontro entre Eduardo Coutinho e João Moreira Salles”, curadoria realizada para o Edital Telas Abertas 2019/2020 da Vila das Artes, pelo qual mediou a conversa com o documentarista João Moreira Salles e o público presente; e, neste contexto da pandemia, organizou e mediou sessões sobre a obra de Eduardo Coutinho também pela Vila das Artes com as participações especiais de Beth Formaggini, Consuelo Lins e Carlos Alberto Mattos. Atualmente compõe a equipe da segunda parte do “Na Real_Virtual – Seminário online sobre documentário brasileiro contemporâneo”, a ser realizado em novembro deste ano, com diretoras e diretores renomados do cinema brasileiro.

Sobre a Escola

O Porto Iracema das Artes é a escola de formação e criação em artes do Governo do Estado do Ceará, ligada à Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, sob gestão do Instituto Dragão do Mar (IDM). Criada em 29 de agosto de 2013, há sete anos desenvolve processos formativos nas áreas de Música, Dança, Artes Visuais, Cinema e Teatro, com a oferta de Cursos Básicos e Técnicos, além de Laboratórios de Criação. Todas as ações oferecidas são gratuitas.

Serviço

O que: “Curtas-metragens de Lincoln Péricles serão debatidos em nova sessão do Cineclube Âncora”
Quando: 6 de outubro (terça-feira), a partir das 18h
*As produções serão estarão disponíveis a partir deste domingo, dia 4, por meio de inscrição.
Onde: Canal do Youtube e Facebook da Escola Porto Iracema das Artes

Equipe de Assessoria de Comunicação do Porto Iracema das Artes | Texto: Rafaela Leite (estagiária) | Supervisão e edição: Raphaelle Batista

Publicado em 02/10/2020