Partindo de referências das danças brasileiras, a bailarina Maria Eugênia Almeida vai conduzir, na escola Porto Iracema das Artes, um workshop sobre improvisação. O objetivo é apresentar aos participantes as possibilidades que as manifestações tradicionais brasileiras podem oferecer. A atividade acontecerá gratuitamente na sala de Dança do Porto, no próximo dia 07, quinta-feira, das 14h às 17h. Não será necessário realizar inscrições prévias, elas serão efetuadas por ordem de chegada até atingir o limite das 12 vagas. A ação é voltada para estudantes de Artes Cênicas e interessados em geral.
Na metodologia, o workshop tem o desenvolvimento do trabalho corporal perpassado por cinco premissas: aquecimento, aprimoramento técnico, assimilação de repertório, criação de corpo particular e improviso. Serão utilizados alguns recursos corporais como agilidade, precisão, peso e fluidez para o trabalho de construção de um corpo criativo e singular.
Maria Eugênia é tutora do “Corpos Embarcados”, um dos projetos do Laboratório de Dança 2017 realizado pelos artistas Circe Macena, Alisson Barbosa e Marina Brito. O projeto tem como proposta a investigação, a pesquisa e a criação coreográfica a partir das memórias e matrizes estéticas corporais e ancestrais do fandango cearense.
Na atividade, a bailarina tem o objetivo de demonstrar ritmos brasileiros como Cavalo Marinho, Caboclinho, Batuques e Frevo, Maracatu Rural, Samba de Parelha e Capoeira, trabalhar o ensino dos passos das danças e possibilitar aos participantes a criação de um corpo particular desenvolvido a partir do ensino de passos das danças brasileiras.
Maria Eugênia Almeida
Maria Eugenia Almeida, conduzida pelos pais, começou a se familiarizar aos sete anos com as danças populares brasileiras. Aos nove passou a se apresentar em espetáculos de seu pai António Nóbrega. A convite da curadoria de dança do Centro Cultural Banco do Brasil, criou o espetáculo solo Casa das Miudezas. Em 2008 fundou, ao lado de Marina Abib, a Companhia Soma e, em 2014, a convite do Festival Internacional de Dança de Recife, criou a “aula-espetáculo” Planta Do Pé. Une à pesquisa de dança brasileira experiências vividas em cursos dentro e fora do Brasil como técnica de Jacques Lecoq (Espanha), Eugenio Barba (Dinamarca) e Kathakali (Índia). Compõe a equipe pedagógica do Instituto Brincante e da Pós- Graduação “A Arte de Ensinar Arte” do Instituto Singularidades. É formada em licenciatura em História pela PUC de São Paulo.