A ideia surge em meio ao fogo cruzado!
Do encontro de artistas negros da cidade de Fortaleza com um preto outro, que não é a madre superiora, nem tutoria sacralizada do século passado, a colcha de retalho se abre e o sinalizador anuncia: vai ter estouro!
Afrontamento consiste num processo de montagem em dança contemporânea a partir de uma investigação do corpo roleta russa. Temos no corpo negro-periférico-urbano uma escritura que nos interligar e se torna disparo para pensar que esse corpo dissidente é potencial expressivo que denuncia territórios subjetivos de segregação étnico-racial-espacial e gera outros modos de pensar/fazer arte contemporânea.
Esse corpo roleta russa que traz imagens/paisagens/memórias dos circuitos negros urbano, se inscreve dentro de três matrizes de criação: fisicalidade/imagem/pensamento e, se pergunta que instantes poéticos surgem na experiência do “tudo ou nada” nessas experiências pela cidade. Afinal, não é roleta russa se a vida vale por duas?