Foto: Micaela Menezes
Com 33 projetos selecionados para a edição 2024/2025, a Porto Iracema divulga os projetos selecionados para a 12ª edição dos Laboratórios de Criação, nas 5 linguagens (Audiovisual, Artes Visuais, Teatro, Dança e Música)
A Escola Porto Iracema das Artes – equipamento da Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult Ceará), gerida pelo Instituto Dragão do Mar (IDM) – apresenta os projetos e artistas selecionados que compõem a 12ª edição dos Laboratórios de Criação.
ACESSE AQUI O LIVRETO COMPLETO SOBRE OS PROJETOS
Ao longo de sete meses, os proponentes desenvolvem seus projetos em espaços de experimentação, por meio de processos formativos de excelência, tutorias e vivências. Também recebem bolsa no valor de R$1.000 (mil reais) mensais para se dedicarem às suas propostas.
Entre 2013 a 2024, foram selecionados 285 projetos nos Laboratórios de Criação, com 699 artistas envolvidos, além de 320 oficinas realizadas no mesmo período. O investimento em bolsas alcança o valor de R$ 3.926.400,00.
Via Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), os Laboratórios de Criação da Porto Iracema das Artes contam com Patrocínio Master da Nubank e Patrocínio da Cagece.
Inclusão e ações afirmativas
Os laboratórios também possuem ações afirmativas, tendo 50% das vagas reservadas para municípios do interior do Estado do Ceará, 50% das vagas reservadas para proponentes autodeclaradas: pessoa preta, parda, indígena, quilombola, transgênero e pessoa com deficiência.
MOPI – Mostra de Artes da Porto Iracema
Ao final dos 7 meses de imersão nos Laboratórios, acontece a MOPI – Mostra de Artes da Porto Iracema, que reúne os trabalhos desenvolvidos durante todo o ano nos diversos processos formativos da Escola dentro das cinco linguagens trabalhadas nos Laboratórios de Criação (Teatro, Música, Artes Visuais, Dança e Cinema).
As atividades programadas na MOPI são evidências do aprofundamento dos conceitos norteadores da Porto Iracema das Artes, que nestes onze anos têm orientado uma infinidade de processos criativos em forma de experiências e partilhas estéticas. Ao final de cada ciclo formativo podemos assistir a uma partilha de processos dos projetos de teatro, dança e artes visuais, além de exibições de curtas, performances musicais e pitchings de roteiros.
Sobre a Escola
A Porto Iracema das Artes é a escola de formação e criação em artes do Governo do Estado do Ceará, equipamento da Rede de Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult Ceará), gerida em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM). Criada em 29 de agosto de 2013, há dez anos desenvolve processos formativos nas áreas de Música, Dança, Artes Visuais, Cinema e Teatro, com a oferta de Cursos Básicos e Técnicos, além de Laboratórios de Criação. Todas as ações oferecidas são gratuitas.
Conheça os artistas e projetos que integram a 12ª edição dos Laboratórios de Criação:
LABORATÓRIO DE ARTES VISUAIS
Kalunga-pequena – Fortaleza, CE
De: Dhiovana Barroso
Sinopse:
kalunga-pequena é o caminhar de pés negros que movem o mundo, é também cemitério, luto. o silêncio entre cada passo dado sobre as águas da kalunga grande é o som que agora nos guiará. A pesquisa vem descobrir, através de linguagens artísticas como escultura, instalação e pintura, como um corpo preto marca a sua passagem na terra de forma a ser lembrada, indo contra a corrente de apagamentos que caem sobre os mesmos, num movimento constante de nadar contra as correntes.
Panorâmica – Fortaleza, CE
De: Antônio Breno
Sinopse:
O projeto se articula a partir da série de aparições de luzes no céu da zona rural da cidade de Baturité-CE na década de 90. De forma especulativa, elabora-se conceitos diante do episódio, tendo em vista o aglomerado de fiéis e ufólogos que defendiam suas respectivas teorias: de que seria a Virgem Maria ou discos voadores. A pesquisa tem sua feitura trazendo vídeo e escultura como plataformas de construção narrativa desses agentes: as devotas, os ufólogos, a mata e a luminosidade.
“Rituais de Luz: Memórias Projetadas do Torém” – Itarema, CE
De: Rodrigo Tremembé
Sinopse:
A pesquisa exalta a cultura do povo Tremembé ao combinar técnicas artísticas contemporâneas e tradições culturais. Desenhos digitais, criados através de arte digital e pintura à mão, serão projetados em tecido com um projetor e finalizados manualmente. O resultado será banners de grande escala que destacam elementos emblemáticos do Torém, como caju, jandaia, guaxinim, cobra caninana entre outros.
Exúvias – Juazeiro do Norte, CE
De: Léo Ferreira
Sinopse: O projeto explora a ideia de uma “pessoa distribuída”, onde se entende que o corpo físico é só uma parte de um corpo mais complexo que possui vontades e desejos, e que se expande deixando vestígios no mundo, tanto biológicos, como unhas, dentes e cabelos, como também os objetos pessoais, e o próprio trabalho artístico, que indicam memória e indícios de ação mesmo após a morte de alguém. A ideia é explorar estes vestígios diversos utilizando técnicas manuais tradicionais do Cariri Cearense: a ourivesaria e a escultura em madeira.
Projeto: Arrumação – Fortaleza, CE
De: Celeste
Sinopse:
Este projeto é uma tentativa de ressignificar uma frase bastante ouvida em minha infância: “esse menino é cheio de arrumação”. A frase, à época, nada tinha relação com o ato de organizar, mas sugeria que eu não devia ser espontâneo em minha performatividade enquanto criança. Agora, costuro passado e presente, em uma pesquisa envolvendo Moda, corpo, brincadeira e expressividade, desorganizando o externo para arrumar-me internamente.
“pra chupar na língua e chamar de meu amor”– Brejo Santo, CE
De: Ferrerin
Sinopse:
Uma pesquisa sobre ficções amorosas entre pessoas trans, materializar os nossos sentimentos para além da violência e desejo oculto, e aprimorar nossas belezas pelo tesão que é amar-(se). Assim, a série propõe a criação de imagens e ambientes enroscados no dengo trocado entre nós, transmasculines, por sentir necessário viver histórias de amor entre “masculinidades” trans não binaries.
“Como criar seu altar”- Fortaleza, CE
De: Amanda Nunes
Sinopse:
Entendendo os efeitos da fé no cérebro humano, minha pesquisa busca reflorestar o imaginário coletivo sobre o que é imagem sacra, desenvolvendo pinturas que poderiam compor um altar, onde corpos marginalizados e a memória são os elementos centrais, são o sagrado.
Ateliê de Profecias – Fortaleza, CE
De: Ella Monstra
Sinopse:
É possível transicionar arquivos? A partir de memórias individuais e coletivas de pessoas trans, surge o Ateliê de Profecias, espaço longe das fronteiras cisgêneras temporais e terreno de criação de novos passados e futuros a partir de uma pesquisa em múltiplas linguagens. Para fugir de um futuro premonitório, precisamos profetizar novos passados.
LABORATÓRIO DE DANÇA
O banquete – Ciclos dialoga com a dança moderna e o patriarcado – Tabuleiro do Norte, CE
De: Duaram Gomes, Alice Kelly e Lidianny Lima
Sinopse: Tendo em vista a dinâmica da técnica moderna nos trabalhos desenvolvidos pela Cia de Dança Ciclos em seus 22 anos de atuação, nos Labdança a Cia propõe movências a partir das tentativas de resposta à seguinte pergunta: quais as implicações que o patriarcado exerceu/exerce sobre a Dança Moderna? A Cia prevê esta experimentação na montagem do espetáculo “O Banquete”.
Agbênça- Fortaleza, CE
De: Jéssica Cruz , Caroline Holanda, Ruth Andrade, Jéssica Andrade e Vic Andrade
Sinopse: Pesquisa de criação em dança que pretende elaborar estruturas cênico-coreográficas ancoradas na fisicalidade da relação entre corpo e objeto, e em processos de visualidade sensorial. O objeto elegido para este processo é o instrumento musical agbê, o que adiciona uma camada de atravessamento investigativo no campo da música percussiva e nas narrativas da cultura popular afro-brasileira e indígena onde ele está inserido.
Em uma gota o oceano – Fortaleza, CE
De: Carlos Antônio, Mônica Maciel e Giovana de Paula
Sinopse: Este trabalho é sobre atravessamentos, travessias, mutação, força, revolta, suavidade, semeadura. Um arco de afetos que só pode ser percorrido por quem assume a caminhada como modo de vida, alguém que tem na encruzilhada um momento de força, de reconexão. Pesquisaremos o conceito da Geopsicologia de Orumilá proposto por Renato Noguera e a leitura dos elementos naturais para quem busca o equilíbrio da vida, observada em A Sabedoria da Natureza de Roberto Otsu.
D-ex-votos – Fortaleza, CE
De: João Paulo, Júlia Sarmento e Daniel Rocha do Nascimento
Sinopse: D-ex-votos é uma experiência híbrida de criação de dança e dialoga com como a performance cujo fulcro e gatilho principal é o corpo com deficiência e suas modulações no imaginário de um povo . Pretendo provocar várias questões que tomam como ponto de partida temas como: a religiosidade; o penitência; deficiência e o fetichismo à margem de todas essas realidades que colocam o corpo numa fricção entre piedade, fé e desejo.
Pequeno Ritual para as Infâncias – Sobral, CE
De: Souza Frota, Maria Alice, Romário Sousa e Kelton William
Sinopse: Inspirado nos ensinamentos do livro Terra (lançado em 2023, pelas editoras Piseagrama e UBU) uma antologia afro-indígena (2023) que reúne 25 ensaios de autores diversos, e pela potência do encontro , enquanto estratégias de aproximação entre dança, artista e público, este projeto pretende pesquisar as possíveis correlações inventivas entre dança contemporânea e as infâncias. Desejamos construir instantes de presentes entre obra de dança e as infâncias, para que possamos abrir espaços para novas maneiras de pensar nossa relação com o mundo.
CORPOQUILOMBO: POÉTICAS DAS URGÊNCIAS – Barbalha, CE
De: Suzana Carneiro, Mestre Chico Ceará e Dinha Fonsêca
Sinopse: A proposta tem como principal objetivo a investigação em dança a partir do treinamento corporal e composição coreográfica, tendo como base de pesquisa e criação a capoeira. A ginga é o principal agente mobilizador da capoeira, é onde é possível viver dentro da roda, girar em sentido anti-horário, dar a volta ao mundo. A mandinga é a dança de cada capoeirista é sua individualidade, seu traço. É em busca dessa identidade e da confluência entre dançar/lutar que essa pesquisa se anuncia.
LABORATÓRIO CENA 15 – CINEMA
Quinta dos Lázaros – Salvador, BA
De: Rogério Cathalá e Eva Freire
Sinopse: Jucy é uma médica negra que vive a angústia do desaparecimento do filho Alex. Ao perceber que a polícia negligencia o caso, ela passa a buscar Alex por conta própria, mas não avança nas investigações. Quando um novo paciente é internado no hospital, Jucy passa a ver espíritos que revelam que seu filho foi assassinado. Jucy se reconecta à ancestralidade e terá em suas mãos a decisão de fazer justiça.
Trabalho Fantasma – São Paulo, SP
De: Fábio Baldo e Leonardo da Rosa
Sinopse: Alda trabalha como tratorista para uma usina de cana-de-açúcar em uma isolada região agrícola no interior do Brasil. Seu mundo começa a desmoronar quando recebe a notícia de que seu trator será substituído por uma versão autônoma que dispensa operador.
Rei da Rua – Caucaia, CE
De: Otacílio Darlan da Silva de Sousa e Dominik Batista Ferreira
Sinopse: Dinho, um garoto negro e periférico, enfrenta o desafio de ser novo na vizinhança, enquanto se vê obrigado a trabalhar na construção civil — não apenas por seu pai, mas pelo sistema capitalista em que está inserido — para ajudar na renda de sua família. Em época de copa do mundo em que todos os jovens da rua brincam e colecionam figurinhas de álbum, Dinho busca seu lugar entre as crianças locais e luta para preservar sua infância.
O Monstro Atrás da Sombra – Fortaleza, CE
De: Celina Ximenes e Maria do Céu
Sinopse: Lúcia, uma técnica de som e uma pequena equipe de filmagem, se perdem no interior de uma caverna. Dentro desse ambiente escuro e labiríntico, os atritos são deflagrados, agressões e violências ganham corpo e forma enquanto um monstro se aproxima. “Monstros não existem”, é o que tentam se convencer, mas quando o corpo do cinegrafista é encontrado sem vida, não há mais espaço para a razão. O instinto manda fugir e eles obedecem. Caberá a Lúcia usar sua perícia em som para encontrar a saída.
Restauração – Fortaleza, CE
De: Nathaniel Maia e Evaldo Santos
Sinopse: Dalva, uma temporária do congresso nacional, cancela seus planos de mudança após seus pais serem presos na invasão do 8 de janeiro. Convidada a participar da restauração das obras danificadas, ela se divide entre tentar ajudar os pais, que não cooperam, e atender às demandas do trabalho. No dia da condenação dos pais, Dalva recebe uma proposta de emprego fixo em Brasília, mas decide procurar trabalho longe dali.
Vote em Mainha! – Juazeiro do Norte, CE
De: Saskia Lemos e Carol Uchoa
Sinopse: Depois de uma noite de puro álcool e diversão, Maria Aparecida, uma mainha controladora e de pavio curto, descobre que se candidatou à vereadora e, ainda, tornou-se inimiga pessoal do prefeito da cidade. Agora, ela tem uma eleição a ganhar, eleitores a conquistar e um prefeito a calar.
LABORATÓRIO CENA 15 – SÉRIE DE FICÇÃO
Sem Vestígios – Fortaleza, CE
De: César Augusto, Hugo Damasceno e Alexandre Vale
Sinopse: Manu é uma advogada que retoma sua vida após ser vítima de um golpista. Nico é um detetive particular que sofre com as confusões em que seu irmão se mete. Para fugir de seus problemas, eles topam o pedido de uma ONG especializada em casos antigos para revisar o homicídio de uma criança ocorrido há quinze anos, onde a mãe foi dada como culpada. Mas o que começa como um trabalho burocrático se torna uma batalha contra o sistema penal quando eles acham evidências de que a acusada pode ser inocente.
LABORATÓRIO DE MÚSICA
Banzo – Sobral, CE
De: Simone Sousa
Colaboradores: Jefferson Portela, João Marcos
Integrante: Camila Santino
Sinopse: BANZO é uma pesquisa de vida: sobre a história de reconhecimento, e construção da identidade de uma mulher negra. Expande a ideia da profunda tristeza das pessoas escravizadas para a morte e reconstrução das quais se constitui a vida. Conta um caminho de aprendizado, orgulho, autoconhecimento e aceitação, de afirmação da identidade negra e dos olhares coletivos de luta e trabalho; da tristeza pela morte diária e da esperança pelo recomeço. É sobre ancestralidade, amor, cura e fé.
Mixtape Codinome Rosa Atômica – Fortaleza, CE
De: Má Dame
Colaborador: Nego Célio e João Pedro
Sinopse: MIXTAPE CODINOME ROSATÔMICA é um projeto em desenvolvimento pela rapper Má Dame, em parceira com o produtor musical Nego Célio, que traz composições e sonoridades que espelham suas vivências na cidade de Fortaleza. O projeto originou-se em 2019 e enfrenta limitações de cunho técnico e recursal. Dessa forma, a oportunidade de desenvolvê-lo no laboratório visa possibilitar a continuidade e aprimoramento do trabalho e condições para gravação das faixas que deverão compor o show fruto deste processo.
Músicas do Kariri: Arranjos e composições para grupos musicais – Juazeiro do Norte, CE
De: Robson Costa
Colaboradores: Luis Felipe Pereira Ramos, Caio Francys Alves Nonato
Sinopse: O projeto envolve a criação de concertos do grupo Kariri Sax, explorando músicas e expressões culturais do Cariri. Serão elaborados arranjos didáticos para quarteto de saxofones, adaptáveis para outras formações instrumentais. Dividido em três fases – pesquisa de campo, criação artística e pedagógica, e difusão -, o projeto culmina em concertos, rodas de conversa e publicação online das partituras. O objetivo é valorizar e difundir a riqueza musical e cultural do Cariri.
Pira Coletiva – EP “Carnaval do Futuro” – Fortaleza, CE
De: Francisco Wellington de Sousa Junior
Colaboradores : Lucas Montalto Farias da Silva e Tiago Costa Da Silva Coelho
Sinopse: A banda de rock experimental Pira Coletiva fará a interseção entre a música popular brasileira e o movimento rock, por meio do lançamento do EP “Carnaval do Futuro”, quebrando paradigmas e preconceitos ainda existentes entre as partes. Utilizando como matéria prima gêneros musicais brasileiros, timbres digitais e distorcidos, sua principal proposta é enaltecer a cultura brasileira a fim de repassar o patrimônio musical para as próximas gerações.
Sonho na Gaveta Aberta – Itapipoca, CE
De: Alcio Barroso
Colaboradores : Iago Barroso e Guilherme Mendonça
Sinopse: Sonho na Gaveta Aberta é o nome dado do trabalho autoral de Alcio Barroso, cantor, compositor e ilustrador itapipoquense de 64 anos. É um repertório com composições em voz & piano que fala da condição humana de uma maneira sublime e também crua. O objetivo é a exploração de sete faixas do compositor, resultando no lançamento de um álbum, além do aprimoramento do show.
Vermelho e Preto – Fortaleza, CE
De: Uirá dos Reis
Colaboradores: Gabriel Sousa e Ivan Timbó
Sinopse: Pesquisa de composição para disco e performance musical a partir da junção da música eletrônica preta do mundo com a percussão e o batuque brasileiros, com enfoque no techno, IDM, funk-br, samba e percussão de terreiro. O projeto prevê estudos de novas tecnologias para o uso de projeção e mapping nas apresentações.
LABORATÓRIO DE TEATRO
Deyses – Fortaleza, CE
De: Maya Vic, Jean Jirau, Abi Oliveira e Aurora Arcana
Sinopse: O projeto ‘Deyses’ entrelaça autobiografia, ficção especulativa e o teatro-performance. Nesta pesquisa, buscamos fabular novas possibilidades de ser e de se viver. Em um mundo que nos marginaliza, a força para enfrentar os desafios diários é encontrada na nossa união e na evocação das Deyses, divindades travestys que habitam e se manifestam em cada corpa dissidente de gênero.
Inacabado: Bagaceira 25 anos – Fortaleza, CE
De: Ricardo Tabosa, Débora Ingrid, Isabella Cavalcanti, Rafael Martins, Tatiana Amorim e Yuri Yamamoto
Sinopse: Prestes a completar 25 anos, o Grupo Bagaceira retoma às suas origens em busca de força e ímpeto criativo. A ideia é mergulhar em um processo colaborativo de criação, renovando a pesquisa de linguagem e vislumbrando futuros espetáculos do grupo. Para isso, será realizado um programa que abrange investigações, experimentações e livre criação de cenas curtas em sala de ensaio. Essa imersão incluirá encenação, dramaturgia e atuação, resultando na invenção de diversos experimentos e apontando para obras futuras.
Cassacos – ou de como inventar os sertões – Varjota, CE
De: Mailson Furtado, Yane Cordeiro, Maycon Wiliam, Mara Alves e Isaias Pereira
Sinopse: “Cassaco” é como pejorativamente chamou-se os operários que viviam em rotas de obras públicas contra as consequências das secas no Nordeste do final do século XIX até metade do século XX. Tais trabalhadores trazem um retrato particular do migrante do semiárido brasileiro que apesar de todas as dificuldades não saiu de seu território. Muitos desses migrantes são responsáveis por firmarem lugarejos e novas cidades. Este é o caso da cidade de Varjota, sede da CIA Criando Arte, proponente deste projeto, onde parte dos proponentes possuem em sua genealogia, descendência desses trabalhadores, fundamentais para inventar tantos sertões.
O Sinal: uma ação artivista circense – Cascavel, CE
De: Gleilton Silva, Raquel Pereira, Wesley Lobo e Carlos Coreano
Sinopse: Partimos para ação, figurinos no corpo, instrumentos, cores e adereços nas mãos, investigação na rua está sobretudo o ser no fazer, o corpo artivista em estado presente, em movimento, buscando um diálogo com os fluxos urbanos. É nela que expressamos e criamos nossas primeiras lembranças de liberdade, e é na rua que nós estamos. A porta da rua é a serventia da casa, malabaristas brincantes na faixa. Um dossiê artivista a fim de experimentar possibilidades e novos olhares para a criação no espaço urbano, teatro nos cruzamentos com semáforos.
Lampejo – memória em trânsito – Fortaleza, CE
De: Júnior Barreira, Beto Menêis, Caleb e Samara Garcia
Sinopse: O projeto desenvolverá uma pesquisa de criação dramatúrgica para um espetáculo de Teatro que terá como principal disparador imagético, poético, afetivo e reflexivo o diário de Dona Francisca Araújo, tia-avó do proponente, onde ela narra a fuga de sua família da cidade de Uruburetama para o Acre, fugindo da seca do ano XV, e a tentativa de sobreviver no ciclo da borracha.
Fábrica de Seres: teatro e intercomunicabilidade de novas mídias na cena expandida, Itapipoca, CE
De: Orlângelo, Chico Henrique e Joélia Braga
Sinopse: O presente projeto consiste na pesquisa sobre o teatro contemporâneo e tecnologia em cruzamento com o corpo/voz do performer. O ponto de partida será o texto dramático Fabrica de Seres gatilho para as investigações imagéticas/sonoras. O trio de investigadores buscará nesta empreitada, acessar processos imersivos valorosos, na tentativa de entender a construção de intercomunicabilidade entre mídias digitais, mídias analógicas e pantomima como ferramentas cênicas a favor da narrativa teatral.
Serviço:
O quê: Conheça os projetos artísticos participantes da 12ª edição dos Laboratórios de Criação da Porto Iracema das Artes
Assessoria de Comunicação Porto Iracema das Artes | Texto: Carol Danziger (jornalista) | Supervisão e Edição: Gabriela Dourado (jornalista) | Publicado em 02 de setembro de 2024