Nesta quarta-feira (3), o Porto Iracema das Artes divulgou a lista com os classificados para a segunda etapa de seleção dos Laboratórios de Criação 2019. Para a fase que acontecerá de 10 de abril a 12 de maio, as comissões técnicas de seleção terão o desafio de escolher os projetos que irão para a terceira e última etapa, as entrevistas. Cada um dos cinco Laboratórios escolheu três artistas e profissionais renomados em sua linguagem específica para integrar o júri.
Conheça abaixo cada comissão de avaliação.
- LABORATÓRIO DE ARTES VISUAIS
ELTON PANAMBY
Elton Panamby é performer, professore, mãe, doula. Dedica-se à prática e pesquisa de performance, com foco na body art e ações radicais de limite psicofísico, desde a graduação e levando-as até o seu doutorado, que concluiu em 2017, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. Seu trabalho é orientado por questões raciais e de gênero.
SANZIA PINHEIRO BARBOSA
Sanzia Pinheiro Barbosa é fundadora-associada do Centro Cultural Bólide1050. Mestre em Ciências Sociais na área de cultura e representações sociais, desenvolveu pesquisa no campo das artes visuais com foco na produção dos anos 1960/70, especificamente nos arquivos de Falves Silva e Jota Medeiros. Em 2016, foi curadora da exposição “Design(io)” de Jota Medeiros e Círculo do Tempo de Falves Silva, no Centro Cultural São Paulo-CCSP. Nesse mesmo ano integrou o Projeto Troca Livre (Maceió/AL). Ela foi responsável pela formatação do XV Salão de Artes Visuais de Natal, sendo integrante da comissão e seleção em 2013. Integrou o comitê curatorial da 5a edição do Programa Rumos Artes Visuais do Instituto Itaú Cultural de 2011 a 2013. Sanzia também foi chefe do núcleo de artes visuais da Fundação Cultural Capitania das Artes FUNCARTE (2009-2011). Desde 2005 vem organizando residências, intervenções e exposições na cidade de Natal.
PABLO ASSUMPÇÃO B. COSTA
Pablo Assumpção B. Costa é pesquisador e professor do Instituto de Cultura e Arte da Universidade Federal do Ceará – UFC, onde ensina e orienta no programa de Pós-Graduação em Artes. Tem formação acadêmica na área de estudos da performance, teorias e etnografias do gênero e da sexualidade, e escreve sobre estudos culturais do corpo, cultura popular, arte e cidade. Vive e trabalha em Fortaleza.
- LABORATÓRIO DE CINEMA
ANDRÉ NOVAIS OLIVEIRA
André Novais Oliveira é formado em História pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e em Cinema pela Escola Livre de Cinema – BH. Escreveu e dirigiu os curtas “Fantasmas”, “Domingo”, “Pouco mais de um mês” e “Quintal”; e os longas “Ela volta na quinta” e “Temporada”. Juntos seus filmes foram selecionados e premiados em vários festivais como a Quinzena dos Realizadores em Cannes, Festival de Locarno, Rotterdam, Fid Marseille, IndieLisboa, Mostra de Tiradentes e Festival de Brasília. Temporada, seu último longa-metragem, ganhou os prêmios de Melhor Filme, Melhor Atriz, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Direção de Arte e Fotografia no 51º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Como roteirista, além de escrever os filmes que dirige, participou dos Núcleos Criativos do FSA Família, da Filmes de Plástico. Atualmente trabalha na adaptação do livro “O Sol na cabeça”, do escritor carioca Geovani Martins. Ainda como roteirista, recebeu o prêmio de Melhor roteiro de Longa Metragem no 22º Festival de Vitória com o filme “Ela volta na quinta” e os prêmios de Melhor Roteiro de Curta Metragem no 48º Festival de Brasília, 25º Cine Ceará e 8º Curta Taquary com o filme “Quintal”. Já trabalhou como parecerista em editais, consultor de roteiros e atualmente é tutor dentro do Projeto Paradiso do Instituto Olga Rabinovich. Desde 2009, André é sócio da produtora mineira Filmes de Plástico junto com Gabriel Martins, Maurílio Martins e Thiago Macêdo Correia.
JOÃO VIEIRA JR.
João Vieira Jr. é produtor de cinema e televisão, formado em Direito e Jornalismo na Universidade Católica de Pernambuco. Produziu filmes como “Cinema, Aspirinas e Urubus” (2005), de Marcelo Gomes, cuja recepção rendeu ao longa prêmios como o do Ministério da Educação da França na mostra Un Certain Regard (Festival de Cannes/2005), melhor filme do Festival de Guadalajara, melhor filme na Mostra Internacional de São Paulo, além da indicação brasileira ao Oscar 2006. Trabalhou nos longas KFZ-1348 (2008), de Gabriel Mascaro e Marcelo Pedroso (Prêmio Especial do Júri na Mostra Internacional de São Paulo, 2008); Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo (2009), de Marcelo Gomes e Karim Aïnouz (Seleção Oficial do Festival de Veneza 2009, Mostra Orizzonti, premiado como melhor filme e melhor direção no Festival do Rio e Prêmio Coral de melhor filme no Festival Intl do Novo Cinema de Havana, 2009); Era uma vez eu, Verônica (2012), de Marcelo Gomes (Melhor Filme do Júri e do Público no Festival de Brasília 2012); Tatuagem (2013), de Hilton Lacerda (Prêmio Especial do Júri, melhor ator e Prêmio da Crítica Internacional no Festival do Rio, melhor filme e melhor ator no Festival de Gramado, em 2013); Joaquim (2017), de Marcelo Gomes, selecionado para a mostra competitiva do Festival de Berlim, entre outros. Para TV produziu as séries Fim do Mundo (2016) e Lama dos Dias (2017), criadas e dirigidas por Hilton Lacerda, para o Canal Brasil. É membro do Conselho Consultivo do Audiovisual de Pernambuco e do Comitê Gestor do Cinema do Brasil.
NINA KOPKO
Nina Kopko é formada em Cinema pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atua nas áreas de direção, roteiro, preparação de elenco e montagem. Foi diretora assistente do longa-metragem “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão” (dir. Karim Aïnouz, 2019) e também de “O Silêncio do Céu” (Marco Dutra, 2016). Fez a preparação de elenco do filme “Dentes” (Pedro Arantes e Júlio Taubkin, 2019) e a montagem dos documentários “Operações de Garantia da Lei e da Ordem” (Julia Murat e Miguel Ramos, 2017) e “Nós” (Pedro Arantes, 2018). Foi assistente de direção e colaboradora do roteiro de “Guigo Offline” (René Guerra, 2017), e também assistente de direção e pesquisadora de série HQ – Edição Especial (Angelo Defanti, HBO, 2016). Foi supervisora de desenvolvimento de projetos da produtora RT Features nos anos de 2014 e 2015. No momento, é tutora do Laboratório de Cinema do Porto Iracema das Artes e leciona na Academia Internacional de Cinema.
- LABORATÓRIO DE DANÇA
JANAHINA CAVALCANTE
Janahina Cavalcante tem uma trajetória profissional na dança repleta de experiências como bailarina, professora e artista da dança. Ocupa o cargo de Coordenação de Dança do Estado – Diretoria das Artes/Fundação Cultural do Estado da Bahia e tutora do Curso EAD de Licenciatura em Dança-UFBA. Tem Especialização em Dança, Graduação em Dança e Pedagogia pela UFBA. Iniciou seus estudos em dança em Fortaleza, na Escola de Ballet Goretti Quintela onde foi primeira bailarina. Integrou a primeira turma do Colégio de Dança do Ceará. No percurso artístico, fez inúmeros cursos de aperfeiçoamento em dança, e o primeiro Curso de Capacitação de Bailarino, realizado pelo Instituto Dragão do Mar, sob direção de Flávio Sampaio. Em Salvador, integrou a Cia. Viladança (Núcleo Viladança) como bailarina intérprete. Durante dez anos fez a coordenação da Mostra Casa Aberta, projeto do VIVADANÇA- Festival Internacional. Atuou como professora da Escola de Dança da FUNCEB e foi Coordenadora Pedagógica do Curso Técnico em Dança.
MICHELINE TORRES
Micheline Torres é bailarina, coreógrafa e performer, estudou Artes Cênicas na UNIRIO e Filosofia na UFRJ. Trabalhou por 12 anos como bailarina e assistente da Lia Rodrigues Companhia de Danças. Desde 2000 desenvolve trabalhos próprios situados entre a dança contemporânea, a performance e as artes visuais. Desde 2007 desenvolve o projeto Meu Corpo é Minha Política, contemplado com o prêmio Funarte Klauss Vianna 2009 e 2011, os projetos de residência do Centre National de la Danse (Paris), NRW/TanzHaus Dusseldorf, Centre International des Récollets /Paris, Premio IBERESCENA/Alemanha, edital FADA 2012, Circuito Estadual das Artes 2012 e 2013, tendo sido apresentado em 25 cidades do Brasil e 10 países. Contemplada com o programa Rumos Dança do Itaú Cultural 2012-2014.
Fundadora da Um Mar de Possibilidades Produções Artísticas.
É terapeuta e Instrutora Master de Thetahealing®.
RUI MOREIRA
Rui Moreira é bailarino, coreógrafo e investigador de culturas. Artista bailarino e coreógrafo, personalidade emblemática da dança brasileira contemporânea com trajetória de mais de 30 anos no setor cultural. Atuou nas companhias: Cisne Negro, Balé da Cidade de São Paulo, Cia. SeráQuê?, Cia. Azanie (França), e no Grupo Corpo. Sua formação artística mescla danças modernas, balé clássico, danças populares brasileiras e dança contemporânea africana. Criou espetáculos para elencos diversos e também assina a direção de movimento e coreografias em companhias de dança e de teatro. No decorrer de sua trajetória vem coordenando trabalhos em importantes coletivos artísticos nacionais e internacionais. Foi agraciado com a “Medalha da Inconfidência” pelo governo do Estado de Minas Gerais, um merecido reconhecimento pela longa e profícua atuação artística e social em todo território nacional e nos países onde levou os valores da arte e cultura do Brasil. Atualmente compõe o Conselho Curador do Festival de Dança de Joinville com participação prevista até o ano de 2021.
- LABORATÓRIO DE MÚSICA
MAHMUNDI
Marcela Vale, mais conhecida como Mahmundi, é cantora, compositora, produtora musical e multi-instrumentista. Em 2012 produziu seu primeiro EP Efeito das Cores. No ano seguinte lançou outro EP, Setembro, contraponto melancólico ao colorido do primeiro trabalho, com uma sonoridade mais R&B, atualmente forte característica de sua música. Venceu o Prêmio Multishow de Música Brasileira na categoria Novo Hit, por Calor do Amor (2013). Depois de tocar no exterior pela primeira vez – Festival Bahidora, México, 2014 -, ganhou novamente “Prêmio Multishow de Música Brasileira”, na categoria “Nova Canção”. O primeiro álbum Mahmundi, chegou em 2016, com excelentes críticas, prêmios e indicações – como o Revelação APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte). Produzido por ela mesma, traz 10 músicas autorais, como Hit, Calor do Amor e Eterno Verão. Contratada pela Universal Music, em 2018 lançou o álbum Para Dias Ruins. Mahmundi foi tutora do projeto Arquelano:ainda sou ponto no Laboratório de Música 2018.
RAQUEL VIRGÍNIA
Cantora e compositora paulistana. Desde a adolescência inclinada aos exercícios artísticos, como dança e teatro, aos catorze anos participou como aluna em curso para atores no Teatro Bibi Ferreira e em 2007, aos 18 anos, se mudou para Salvador em busca do sonho de ser cantora de Axé. Depois de ter tido grande contato com a cultura baiana por ter morado por dois anos e meio em Salvador, voltou a São Paulo e ingressou na Universidade de São Paulo no curso de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), em 2011. Ministrou aula por quatro anos de História do Brasil em cursinho pré-vestibular para alunos de baixa renda e participou do NCN – Núcleo de Consciência Negra na USP. Em 2012, ao lado de Rafael Acerbi e Assucena, cria a banda As Bahias e a Cozinha Mineira, e se apresenta pela primeira vez na faculdade. O primeiro álbum, Mulher, foi gravado durante três anos, em meados de 2012 e lançado oficialmente em 2015. Em 2017 lançaram o segundo disco, Bixa (YB Music), vencedor do 29º Prêmio Multishow em duas categorias: Melhor Álbum e Canção Popular. Em 2019 lançou o single Das Estrelas, pela gravadora Universal Music.
SUELY MESQUITA
Cantora, compositora e professora de canto. Lançou os CDs Microswing (2008) e Sexo Puro (2002). Em duo com Eugenio Dale, lançou o CD Dio&Baco. Tem músicas gravadas por seus parceiros Evandro Mesquita (Blitz), Moska, Chico César, Fernanda Abreu, Pedro Luís e a Parede, Zeca Baleiro, Kátia B., George Israel, Celso Fonseca, Leoni, Bruno Morais, Kali C., Luís Capucho e também pelos cantores Chico César, Ney Matogrosso, Ceumar, Daúde, Rosana, 14Bis, Alice Caymmi e outros artistas. Em 2011, fez shows e ministrou cursos nas universidades americanas de UMass Dartmouth e Georgetown. O livro Sexo Puro: A Life in Brazilian Song (2010), de Bob Gaulke, apresenta a obra da compositora ao público americano e europeu. Concebeu e coordenou os cursos DESCONTROLE NÃO É CAOS e TODOS OS CANTOS, no Espaço Sesc, Rio. Criou e ministra os cursos de formação do cantor popular como o VOZinVENTO (15 edições entre 2004 e 2010) e o Microfone Relâmpago. Como preparadora vocal, assina gravações e discos de Pedro Luís e a Parede, Farofa Carioca, Gabriel Moura, Rogê, Pretinho da Serrinha, George Israel, Emília Monteiro, Marianna Machado e outros. É co-fundadora do GEV – Grupo de Estudos da Voz do Rio de Janeiro. Desde 2010 estuda Somatic Voicework sob a orientação direta de sua criadora, a professora Jeanie Lovetri, de Nova York, EUA, fazendo parte do corpo docente do curso de formação dessa grande mestra.
- LABORATÓRIO DE TEATRO
ALINE VILA REAL
Aline Vila Real tem formação em Comunicação Social, especialização em Imagens e Culturas Midiáticas na UFMG (BH), integrante do grupo teatral Espanca! e do Negr.A – Coletivo de Negras Autoras até 2017, como Coordenadora de Produção, além de ser idealizadora, ao lado do dramaturgo Anderson Feliciano, da Polifônica Negra – uma mostra de processos criativos e debates acerca da Arte Negra. De 2010 a 2017 coordenou o Teatro Espanca!, que recebe apresentações de espetáculos e eventos de arte contemporânea no hipercentro de Belo Horizonte. Dentre os coletivos e projetos que trabalhou como Produtora, estão a Cia. Será Quê? de Dança, dirigida pelo bailarino Rui Moreira, de 2004 a 2008, o FAN 2007 e 2013 – Festival de Arte Negra de Belo Horizonte e o Conexão BH 2013 e 2014 – Festival de Música Independente. Participou do Núcleo de pesquisa em Jornalismo Cultural, coordenado por Carolina Braga e Internacionalização do Teatro com o espanhol Toni González. Teve o artigo ‘Dramaturgia negra: políticas públicas necessárias para fortalecer o setor’ publicado no Livro ‘Africanidades e relações raciais…’ publicado pela Fundação Palmares – Ministério da Cultura, colaborou na Revista Marimbondo para o tema Alteridade Negra em Cena. Recentemente escreveu o artigo “Da curadoria à Cura: Notas sobre o imperativo da descolonização”, publicado no Dossiê Curadoria em Artes Cênicas do Caderno da 5ª Mostra Internacional de Teatro de São Paulo – MITsp. Atualmente é Diretora de Promoção das Artes na Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte/Secretaria de Cultura.
HENRIQUE FONTES
Henrique Fontes é ator, diretor e dramaturgo. Natural de Manaus e radicado em Natal, onde construiu sua carreira. Formado em Comunicação Social com mestrado em Ciências Sociais, ambos pela UFRN, Henrique Fontes completa em 2019, 44 anos, dos quais 30 foram vividos no teatro. Atuou em mais de 25 montagens, com passagem pelo Grupo Clowns de Shakespeare (8 anos); Grupo Carmin (11 anos até os dias atuais); Grupo Casa da Ribeira (desde 2008 até os dias atuais); Coletivo Atores à Deriva (8 anos); Grupo Beira de Teatro (5 anos); Maine Masque Co. (Maine – EUA – 1 ano).
Como dramaturgo tem 14 textos escritos e encenados, entre eles Jacy e A Invenção do Nordeste do seu atual grupo Carmin (em parceria com Pablo Capistrano). Como diretor tem 15 trabalhos estreados, entre eles: Tempo Real Time (2018); Torta de Maçã(2016);Por Que Paris? (2015); Lamatown(2014); Os Perigos de Vitória(2014); Jacy(2013); A Estrada(2013), A Mar Aberto(2008), Pobres de Marré(2007), entre outros.
Henrique é sócio-fundador e atual presidente do Espaço Cultural Casa da Ribeira que há 18anos (r)existe de forma independente em Natal, RN.
TÂNIA FARIAS
Tânia Farias e é atuadora, encenadora e produtora teatral integrante da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz desde 1994. Indicada ao Prêmio Shell SP, na categoria melhor atriz por Kassandra in Process (2007). Recebeu o prêmio gaúcho Açorianos pelas atuações no espetáculo de rua O Amargo Santo da Purificação (2009) e no espetáculo de vivência Medeia Vozes (2013). Em 2015, o Ói Nóis recebeu o Prêmio Ordem-do Mérito Cultural da República Federativa.
Assessoria de Comunicação Porto Iracema das Artes | Myke Guilherme
Publicado em: 03/04/2019